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Opinião

- Publicada em 27 de Janeiro de 2019 às 01:00

Máquina de moer reputações

Li um artigo que me fez pensar. Escrito por Fernando Gabeira dizia da responsabilidade colossal que a imprensa tem. Político e jornalista experimentado, alertou: "nossa tendência é dramatizar ataques, cortar as imagens de forma que o fogo e a destruição se destaquem (...)". Gabeira discorria sobre o jornalismo preventivo, bandeira publicizada e erguida pela ONU.
Li um artigo que me fez pensar. Escrito por Fernando Gabeira dizia da responsabilidade colossal que a imprensa tem. Político e jornalista experimentado, alertou: "nossa tendência é dramatizar ataques, cortar as imagens de forma que o fogo e a destruição se destaquem (...)". Gabeira discorria sobre o jornalismo preventivo, bandeira publicizada e erguida pela ONU.
A redação mobilizou minha atenção, por vir logo após, no mesmo jornal, matéria que apregoava na manchete: "Bolsonaro nomeia secretária executiva acusada de improbidade e danos ao erário". No conteúdo, movido pela ânsia de fiscalizar o Executivo e evitar que gestores mal-intencionados voltem a dilapidar o erário, o repórter enfatiza que a nomeada é ré em processo por improbidade administrativa.
Infelizmente, o autor inseriu apenas no penúltimo parágrafo que o referido processo, vencidas as investigações e provada a lisura nas ações de reforma e construção de presídios, já foi arquivado. Repito, foi arquivado. A pergunta que não quer calar, informarão com o mesmo destaque? Mais importante: quando e se o fizerem, será o suficiente, para restaurar a honra e a dignidade de uma profissional séria e competente, triturada por interesses escusos? Acho que não.
O papel da imprensa é fundamental em uma democracia. Informar a população evita que administradores atuem nas sombras contra seus interesses, por isso mesmo sua responsabilidade é imensa. Como afirma Gabeira: "Em muitos casos, informar com mais profundidade e exatidão pode abrir caminho para que a sociedade compreenda o que se passa e retome as rédeas de seu cotidiano". Esperemos que os profissionais da mídia se conscientizem dessa necessidade, e que as notícias informem com menos sensacionalismo e maior respeito à verdade. Seja ela qual for.
A sociedade não sobrevive sem imprensa. Qualificá-la, portanto, gera a evolução coletiva.
Deputada federal (PSDB) e ex-governadora
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