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Opinião

- Publicada em 24 de Janeiro de 2019 às 01:00

A reunificação de Península Coreana

Por cinco anos e meio, entre 2007 e 2012, morei junto com a minha família em Seul, na Coreia do Sul. Durante esse período, vivemos alguns momentos de tensão, especialmente em 2010, quando a Coreia do Norte bombardeou uma fragata da Marinha Sul-coreana e 46 marinheiros morreram. Também em novembro de 2010 a Coreia do Norte bombardeou uma ilha da Coreia do Sul, com quatro mortos, sendo dois civis e dois militares.
Por cinco anos e meio, entre 2007 e 2012, morei junto com a minha família em Seul, na Coreia do Sul. Durante esse período, vivemos alguns momentos de tensão, especialmente em 2010, quando a Coreia do Norte bombardeou uma fragata da Marinha Sul-coreana e 46 marinheiros morreram. Também em novembro de 2010 a Coreia do Norte bombardeou uma ilha da Coreia do Sul, com quatro mortos, sendo dois civis e dois militares.
Naquele ano muitos estrangeiros deixaram o país com o apoio de suas respectivas embaixadas. Nós resolvemos ficar e tivemos de traçar planos de evacuação emergencial, com ajuda de alguns coreanos, caso o conflito recrudescesse. Felizmente a Coreia do Sul não retaliou e as ameaças diminuíram com o tempo. Ainda assim, temia-se que a posse do jovem Kim Jong Un, então com 27 anos, e que ocorreu após a morte do seu pai em 2011, faria com que a beligerância aumentasse. Mas o que se apresentou, de fato, foi uma ampliação do programa nuclear da Coreia do Norte. Com que objetivo? Na minha opinião, a ideia do líder norte-coreano era melhorar a sua posição de barganha frente ao Ocidente para angariar mais ajuda internacional. Com a posse do presidente Moon Jae-in na Coreia do Sul, as relações entre os dois países melhoraram. A habilidade com que o presidente Moon está tratando as relações entre os dois países é admirável, e um exemplo disso foi o encontro que aconteceu entre os dois líderes em setembro, em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, culminando com a assinatura de um termo de cooperação entre os dois países.
Tendo vivenciado os episódios narrados antes, sempre estive um tanto descrente de uma possível unificação da Península Coreana. Com esse encontro de 2018, penso que se acendeu uma luz de esperança. Certamente a Coreia unificada tornar-se-á um país ainda maior, voltando a unificar um povo dividido por uma guerra fratricida, numa identidade só, numa verdadeira nação.
Professor da Unisinos
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