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Opinião

- Publicada em 16 de Janeiro de 2019 às 01:00

Como dizem os ingleses, 'talk is cheap'

Em 23 de junho de 2016, foi realizado um plebiscito na Inglaterra em que os cidadãos votaram se desejavam permanecer ou não como membros da União Europeia. O resultado da votação foi favorável à desvinculação do bloco, com 51,8% do total de votos. Essa semana assistimos ao dia mais decisivo desse processo, apelidado de "Brexit", quando foi votada (e rejeitada) a proposta de acordo de saída, prevista para o dia 29 de março. No plebiscito realizado há três anos e que culminou na votação de terça-feira, dia 15, havia uma simples pergunta na cédula eleitoral: "Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?". As únicas respostas possíveis eram "permanecer" e "sair", sem precisar quais seriam as condições dessa possível saída. Agora, esse é o principal desafio encarado pelo governo britânico, que está enfrentando duras críticas e derrotas ao tentar concretizar a decisão de seu povo.
Em 23 de junho de 2016, foi realizado um plebiscito na Inglaterra em que os cidadãos votaram se desejavam permanecer ou não como membros da União Europeia. O resultado da votação foi favorável à desvinculação do bloco, com 51,8% do total de votos. Essa semana assistimos ao dia mais decisivo desse processo, apelidado de "Brexit", quando foi votada (e rejeitada) a proposta de acordo de saída, prevista para o dia 29 de março. No plebiscito realizado há três anos e que culminou na votação de terça-feira, dia 15, havia uma simples pergunta na cédula eleitoral: "Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?". As únicas respostas possíveis eram "permanecer" e "sair", sem precisar quais seriam as condições dessa possível saída. Agora, esse é o principal desafio encarado pelo governo britânico, que está enfrentando duras críticas e derrotas ao tentar concretizar a decisão de seu povo.
Tal caso é ótimo exemplo para ilustrar as críticas vãs e improdutivas que nos atingem dia após dia. Afirmar que se está insatisfeito, fazer críticas ou desejar sair de determinada situação é muito fácil. O difícil é colocar em prática, transformar, ter iniciativa para contornar desafios e condições desfavoráveis. Muitos criticam a situação em que se encontram, mas, no momento de articular-se politicamente, propor uma solução ou pôr em prática uma iniciativa, são poucos que o fazem. Seja na Inglaterra, seja no Brasil.
Dizer-se insatisfeito com a União Europeia e os problemas a ela associados é simples, mas ninguém pensou em como isso seria feito, nem sequer se aceitariam as condições necessárias para retirar-se do bloco. Como diz a expressão inglesa, "talk is cheap" - falar é fácil. Difícil é efetivamente sair da zona de conforto e ir atrás de uma solução. Ou, no caso da Inglaterra, sair da zona do euro.
Administradora e associada do IEE
 
 
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