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Opinião

- Publicada em 14 de Dezembro de 2018 às 01:00

Juros continuam baixos, mas falta reativar economia

Muitos afirmam que a inflação é baixa no Brasil porque está sendo manipulada pelo governo federal. Por isso, é muito bom saber - e conforme previsto pelos analistas do mercado financeiro - que o Banco Central (BC) decidiu manter pela sexta vez consecutiva a taxa de juros básica da economia brasileira em 6,5% ao ano. Com isso, a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) permanece no nível mais baixo da série histórica, iniciada em junho de 1996, sendo que a decisão era majoritariamente esperada pelo mercado. Se houver mudanças no cenário, pode haver nova redução moderada, segundo o Copom.
Muitos afirmam que a inflação é baixa no Brasil porque está sendo manipulada pelo governo federal. Por isso, é muito bom saber - e conforme previsto pelos analistas do mercado financeiro - que o Banco Central (BC) decidiu manter pela sexta vez consecutiva a taxa de juros básica da economia brasileira em 6,5% ao ano. Com isso, a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) permanece no nível mais baixo da série histórica, iniciada em junho de 1996, sendo que a decisão era majoritariamente esperada pelo mercado. Se houver mudanças no cenário, pode haver nova redução moderada, segundo o Copom.
Para tanto, sabe-se que o BC trabalha livre de qualquer possibilidade de vir a sofrer pressão de preços. Realmente, a inflação caiu, até mesmo refluindo em novembro. Dados referentes a novembro, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, e Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), indicador em que os preços no atacado respondem por 60% de sua composição, vieram com deflação mais forte do que previam os especialistas.
A taxa de juros permanece vigente no País durante 45 dias, quando haverá a próxima reunião do comitê, nos dias 5 e 6 de fevereiro de 2019. De acordo com o Boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 10, o mercado espera que 2019 termine com uma taxa de juros de 7,50% ao ano.
No documento de quatro semanas atrás, a projeção era que a Selic tivesse uma alta maior no ano que vem, para o patamar de 8% em 2019. Mas juros continuando baixos facilitam investimentos. Quanto ao fato de dizerem que a inflação anunciada, menos de 4% para 2018, é fruto de arranjos governamentais, é preciso repisar que o levantamento da inflação é feito em cima de preços gerais, não apenas dos combustíveis e do gás de cozinha, os dois produtos mais citados por todos os que alegam que os percentuais não correspondem à realidade.
Por isso, por conta de uma inflação abaixo do patamar esperado no começo deste ano, é que os analistas do mercado davam como certo que o Comitê de Política Monetária manteria a Selic em 6,5%. Caso a inflação continue em níveis confortáveis, talvez a Selic permaneça mesmo em 6,5% na primeira reunião do Copom de 2019. Ora, os nossos juros ainda estão altos na comparação com outras economias, similares ou não à nossa. Porém, como citado, estão no menor patamar desde muitos anos, o que é reconfortante à economia e aos negócios, quanto mais aos consumidores. Servidores estaduais e municipais sem reajustes há anos ou recebendo parceladamente seus vencimentos com certeza ficariam preocupados ainda mais com os preços aumentando.
No final de 2017, o Banco Central projetava uma inflação de 0,53% em janeiro, mas o IPCA veio em 0,29%. A inflação tem surpreendido para baixo, o que é bom, mas, ainda assim é preciso que voltem os investimentos e, com eles, a geração de empregos.
É que apesar da recuperação da atividade econômica, a velocidade é baixíssima, ainda que dê esperanças de retomada para melhor no ano que vem. O fato é que as previsões no final de 2017 e mesmo no início de 2018 indicavam que os preços avançassem 4,1% neste ano. No entanto, agora está prevista uma alta de 3,8%. É que os alimentos continuam surpreendendo e recuando. Desta forma, a política de preços dos combustíveis acompanhando as oscilações do mercado internacional não conseguiu desequilibrar a tendência de queda. Isso, como todos sabemos, é bom. No ano que vem, da mesma forma, a previsão é de um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação dentro da meta, de 4,5%, com variação de dois pontos percentuais. Melhor ainda.
 
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