O ano de 2019 se anuncia como o início de período de significativas transformações de caráter tecnológico nas gestões das cidades. Novos padrões de governança se reforçam com conceito das cidades em rede, em que a cidadania será convidada a exercer a sua plena participação, a partir de inovações em curso em diversas partes do mundo e que neste momento chegam ao Brasil.
Na Tecnopuc, em Porto Alegre, um aplicativo denominado UConex foi desenvolvido para, via telefones celulares, oportunizar a cogestão das cidades com seus munícipes por meio da relação virtual, qualificando a prestação de serviços em setores como a marcação de consultas em postos de saúde, prevenção a enchentes, catástrofes e desastres naturais, adoção de lições escolares em turno inverso para os estudantes em complemento à pedagogia escolar e até mesmo em ações em áreas como a segurança pública.
A ferramenta já está disponível para os governos locais. Em cidades como Vitória (ES), o prefeito Luciano Rezende (PPS) aposta na tecnologia digital para otimizar recursos e envolver os cidadãos. Na saúde, sistemas de agendamento e confirmação de consultas reduziram as filas e os índices de ociosidade.
A instalação de 220 pontos de internet livre por redes de fibra ótica conecta cidadãos em áreas sem atendimentos pelas telecomunicações e possibilita a implantação de sistemas de iluminação pública com lâmpadas led que, por sua vez, cria as condições necessárias à estruturação das cidades inteligentes.
Em Juazeiro do Norte (CE), projeto piloto na Praça Freijó de Sá (Viradouro), conta com iluminação por led e wi-fi grátis. A cidade é a primeira a aprovar lei municipal contemplando visão de cidade inteligente. Este é um amplo mercado que se descortina em nosso País, promovendo uma movimentação financeira bilionária, criando novos negócios, gerando empregos, renda, e qualificando a cidadania brasileira à condição de protagonista na gestão de suas cidades.
Jornalista