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Opinião

- Publicada em 03 de Dezembro de 2018 às 01:00

Drogas alimentam criminalidade e atacam a juventude

Se era só o que faltava, agora, Porto Alegre e arredores estão completos. Isso porque uma lacuna no serviço ofertado para os viciados em drogas acabou, com a montagem, e comando de dentro de presídios, da tele-entrega por motoboys.
Se era só o que faltava, agora, Porto Alegre e arredores estão completos. Isso porque uma lacuna no serviço ofertado para os viciados em drogas acabou, com a montagem, e comando de dentro de presídios, da tele-entrega por motoboys.
Mas infelizmente para os organizadores do crime e para a felicidade geral da população, a Polícia Civil e a Brigada Militar (BM) desbarataram, em dias seguidos, grupos - tanto na Capital como no Interior e no Litoral Norte - que ganhavam muito dinheiro abastecendo os viciados em drogas.
Mais um bom trabalho dos policiais civis e militares em prol da sociedade civil organizada, ordeira e trabalhadora.
Tanto a Civil quanto a BM têm trabalhado muito e com sucesso no combate ao crime, principalmente nas estruturas organizadas, autênticas empresas da bandidagem, incluindo pessoas da classe média e média alta. Porém, cabe também às famílias monitorar o comportamento dos filhos adolescentes, tendo em vista a amplitude que está tomando o consumo de drogas em todos os estratos sociais.
Há 50 anos, a grande transgressão que os jovens de então se permitiam era o cigarro, difundido pelo mundo por meio dos filmes da indústria norte-americana via Hollywood, e as bebidas. Os principais artistas estadunidenses apareciam nos filmes com cigarro nos lábios ou acendendo um.
Os anos se sucederam e os costumes também. Tivemos novas guerras após a tragédia que envolveu o mundo entre 1939 e 1945, depois a Guerra Fria até que caiu o Muro de Berlim. Os jovens que revolucionaram Paris em maio de 1968, hoje, são avós, mas cunharam a famosa frase "É proibido proibir". Pensavam que, dessa forma, derrubariam tudo aquilo que os limitara nos anos anteriores.
Porém, o que se verificou foi a guinada de um extremo para o outro. Do cigarro e da "cuba libre", pulamos para drogas como a maconha e a cocaína, além daquelas químicas, como os ácidos, dos quais o mais popular foi o LSD. Hoje, há o terrível crack.
As crises financeiras escancaram as portas para a marginalidade em mentes e corpos não muito sadios. Depressão, angústia, apelos desenfreados ao consumo, competição, falta de horizonte profissional e a busca incessante pelo difícil emprego regular sufocam a mente e os corações de milhões de jovens brasileiros.
Não basta mais ter um diploma universitário, a tecnologia atropela, de ano em ano, tudo o que servia antes. Tanto é verdade que a máquina de escrever reinou por décadas. Havia prova de datilografia nos disputados concursos públicos para o Banco do Brasil, por exemplo. A informática derrubou modelos de empresas, escritórios, serviços, sistemas bancários e, com a internet, trouxe o mundo virtual para dentro de nossos lares.
Uma legislação, aqui no Brasil, que tornou os menores praticamente inimputáveis fez com que os adultos criminosos os amealhassem para a linha de frente da droga, do furto, dos assaltos e dos sequestros.
Ainda assim, devemos julgar os moços com indulgência e equidade, e os mais velhos com rigor e severidade. Querendo ou não, as sociedades neurotizadas formaram legiões de adoradores das drogas, em uma busca desenfreada para sair da realidade perversa em que muitos vivem.
Enfim, educação, sempre ela, é o caminho para criarmos uma sociedade mais organizada e justa, e para afastar os jovens das drogas. 
 
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