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Opinião

- Publicada em 20 de Novembro de 2018 às 01:00

Briga comercial China x EUA beneficia soja brasileira

A melhora da economia nacional nos últimos meses, mesmo que tímida, também é resultado da briga comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China. É que a disputa entre os dois gigantes da economia mundial está impulsionando a venda de soja para o mercado chinês e leva as exportações brasileiras ao melhor resultado desde 2013. Analistas afirmam que a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China, cujo desfecho ainda é imprevisível, tem turbinado as exportações brasileiras.
A melhora da economia nacional nos últimos meses, mesmo que tímida, também é resultado da briga comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China. É que a disputa entre os dois gigantes da economia mundial está impulsionando a venda de soja para o mercado chinês e leva as exportações brasileiras ao melhor resultado desde 2013. Analistas afirmam que a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China, cujo desfecho ainda é imprevisível, tem turbinado as exportações brasileiras.
A projeção é que as vendas do produto nacional ao exterior encerrem 2018 com o melhor resultado em cinco anos. Pelo menos até o mês passado, as exportações somaram US$ 199,1 bilhão. Nesse ritmo, a expectativa de analistas é que fechem o ano acima dos US$ 230 bilhões - maior patamar desde 2013. O recorde nas vendas foi em 2011, de US$ 256 bilhões, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
Um dos melhores efeitos positivos correlatos é que o aumento das exportações incrementa o número de empregos nos setores envolvidos e, em parte, compensa a lenta recuperação do mercado interno. Além disso, traz mais dólares ao País, melhorando o saldo nas contas externas. Há poucos meses, projetava-se que as exportações ficariam perto de US$ 218 bilhões. São as commodities, favorecidas pela guerra comercial, que têm ajudado. O governo Trump impôs tarifas e cotas de importação a diversos parceiros, para reduzir o déficit comercial - quando o país compra mais do que vende.
Aos chineses, com quem esse déficit é maior, foram impostas taxas sobre produtos importados, para forçar os asiáticos a fazerem concessões. Essa política, retaliada pela China, levou os dois países à guerra comercial. A briga alterou o fluxo de comércio. As vendas brasileiras de soja para a China foram beneficiadas quando o país asiático impôs tarifas de 25% sobre o grão americano. Os EUA exportavam 40 milhões de toneladas aos chineses; o Brasil, cerca de 50 milhões. Até agosto, as exportações de soja brasileira subiram 20% ante 2017. Além da soja, o Brasil se beneficiou da alta do preço do petróleo. Mas, nem tudo está bom em nossa ainda fragilizada economia. É que os bens manufaturados brasileiros, porém, não têm tido o mesmo desempenho. Enquanto a participação dos bens primários nas exportações subiu quase três pontos percentuais nos nove primeiros meses do ano, a fatia dos manufaturados nas vendas caiu um ponto. E essa alta na venda de uma importante commoditie como a soja não tem um prazo muito longo, segundo especialistas.
Porém, enquanto o Brasil continuar expandindo a venda do produto, será muito bom, obviamente, para o País. Entre especialistas, há dúvidas de quanto tempo esse período favorável às exportações vai durar.
Acontece que, no ano que vem, com a previsão de alta das tarifas impostas pelos EUA, haverá uma resposta agressiva chinesa, o que levaria a mais protecionismo. Isso não será bom para o Brasil e seu comércio exterior. Entretanto, a negociação entre os Estados Unidos e a China vai demorar, pois é muito complexa e tem várias alternativas, todas ainda em discussão. Desta forma, o Brasil tem oportunidade de exportar mais para a China e deve aproveitar isso ampliando, por exemplo, o plantio de soja, pois levará anos para os chineses diversificarem o fornecimento da oleaginosa, na análise dos especialistas em comércio exterior. É o que os analistas afirmam, o Brasil tem que explorar, no bom sentido, ainda mais o mercado chinês, agora ávido por consumo.
Para o Rio Grande do Sul o aumento da venda de soja ajudará na esperada - ainda sem confirmação pelos números existentes - recuperação da economia gaúcha.
 
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