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Opinião

- Publicada em 14 de Novembro de 2018 às 01:00

Privatização da água

Está sendo apresentada como novidade, e grande conquista social, a possibilidade de privatização da água para consumo humano, retirando dos estados e dos municípios o protagonismo na gestão dessa substância química fundamental à vida. No entanto, já existe água privatizada. Ela é vendida em galões de água mineral em supermercados, bares e restaurantes. A diferença está no seu alto preço comparado àquele admitido na distribuição de água pelas redes públicas, visando levar mais saúde à população. Também já existe o tratamento de esgoto privado, veja, por exemplo, os resíduos de algumas indústrias, sem compromisso social, a desaguar seus efluentes em córregos e rios. Igualmente se pode falar na contribuição, particular, e sem precedentes, de defensivos agrícolas que são levados pelas chuvas aos mesmos rios e riachos já sem matas ciliares. É preciso ficar atento a novas medidas quando elas propugnam total entrega à iniciativa privada das obrigações governamentais no saneamento básico. O compromisso social da preservação do meio ambiente e de promover a saúde e o bem-estar da população não é bandeira da esquerda e nem da direita; é um compromisso institucional com a vida, com o conjunto dos seres e com as condições climáticas e geológicas do planeta. É um tanto utópico falar em bandeiras de esquerda e direita, quando grande parte da população nem sabe o que é isto - apenas alguns têm uma pequena noção de trabalho e economia. Nossos governantes precisam estipular regras claras e responsáveis para engrandecer a convivência entre as pessoas e melhorar o bem-estar do indivíduo. No Brasil, para tratar dos assuntos de preservação e de justiça social, contamos apenas com uma rala e pouco nutritiva sopinha de letras de dezenas de partidos que, se unem ou se separam, de acordo com o interesse dos seus integrantes ou de seus mantenedores. Eles nos oferecem uma inexpressiva noção de democracia, liberdade e responsabilidade. De lucro justo e de lucro exorbitante. De robôs e de gente de verdade. De descaso e de apoio institucional. De água limpa e abundante e da água poluída pela insensatez humana.
Está sendo apresentada como novidade, e grande conquista social, a possibilidade de privatização da água para consumo humano, retirando dos estados e dos municípios o protagonismo na gestão dessa substância química fundamental à vida. No entanto, já existe água privatizada. Ela é vendida em galões de água mineral em supermercados, bares e restaurantes. A diferença está no seu alto preço comparado àquele admitido na distribuição de água pelas redes públicas, visando levar mais saúde à população. Também já existe o tratamento de esgoto privado, veja, por exemplo, os resíduos de algumas indústrias, sem compromisso social, a desaguar seus efluentes em córregos e rios. Igualmente se pode falar na contribuição, particular, e sem precedentes, de defensivos agrícolas que são levados pelas chuvas aos mesmos rios e riachos já sem matas ciliares. É preciso ficar atento a novas medidas quando elas propugnam total entrega à iniciativa privada das obrigações governamentais no saneamento básico. O compromisso social da preservação do meio ambiente e de promover a saúde e o bem-estar da população não é bandeira da esquerda e nem da direita; é um compromisso institucional com a vida, com o conjunto dos seres e com as condições climáticas e geológicas do planeta. É um tanto utópico falar em bandeiras de esquerda e direita, quando grande parte da população nem sabe o que é isto - apenas alguns têm uma pequena noção de trabalho e economia. Nossos governantes precisam estipular regras claras e responsáveis para engrandecer a convivência entre as pessoas e melhorar o bem-estar do indivíduo. No Brasil, para tratar dos assuntos de preservação e de justiça social, contamos apenas com uma rala e pouco nutritiva sopinha de letras de dezenas de partidos que, se unem ou se separam, de acordo com o interesse dos seus integrantes ou de seus mantenedores. Eles nos oferecem uma inexpressiva noção de democracia, liberdade e responsabilidade. De lucro justo e de lucro exorbitante. De robôs e de gente de verdade. De descaso e de apoio institucional. De água limpa e abundante e da água poluída pela insensatez humana.
Engenheiro civil, Santa Maria/RS
 
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