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Opinião

- Publicada em 14 de Novembro de 2018 às 01:00

A República que ainda estamos consolidando

Neste 15 de novembro, estaremos comemorando os 129 anos da Proclamação da República. A origem da palavra veio junto com a República romana. Res publica é uma expressão latina que significa, literalmente, coisa do povo, coisa pública, mantida em conjunto por muitas pessoas.
Neste 15 de novembro, estaremos comemorando os 129 anos da Proclamação da República. A origem da palavra veio junto com a República romana. Res publica é uma expressão latina que significa, literalmente, coisa do povo, coisa pública, mantida em conjunto por muitas pessoas.
Foi iniciada com a queda da monarquia, datada cerca de 509 a.C., e sua substituição pelo governo chefiado por dois cônsules, eleitos anualmente pelos cidadãos e aconselhados pelo Senado. Acabou seu ciclo em 27 a.C.
Porém o Brasil tem tido ciclos bons e outros nem tanto, com a República, desde que a implantou, ainda no século XIX, tirando do trono o imperador Dom Pedro II.
Os historiadores apontam que o fim da escravidão no Brasil, em 13 de maio de 1888, teria selado o fim da monarquia e preparado, inexoravelmente, a chegada da República. Gradualmente, a monarquia foi perdendo legitimidade diante dos movimentos republicanos e abolicionistas, e entrando em conflito com duas instituições importantes: o Exército e a Igreja.
Assumiu a presidência o marechal Deodoro da Fonseca, aos 62 anos de idade, eleito indiretamente pelo Congresso. A mais importante medida do Governo Provisório foi a promulgação da Constituição de 1891. O Brasil passava a ser uma República Federativa presidencialista. Com ela, esperava-se um período de muito progresso, liberdade e democracia. Mas, desde o início, viu-se que a união dos poderosos de então com o regime vigente era uma quase desforra contra o fim da escravidão. Os escravos libertos, analfabetos e passando gerações apenas plantando e colhendo para seus, literalmente, donos e senhores de vida e morte, não tiveram como melhorar de vida, no geral. Com Deodoro da Fonseca, a República passou a se consolidar, mas sempre enfrentando resistência dos adversários do novo regime e as dificuldades em colocar o Brasil na rota do progresso.
A Primeira República Brasileira, também conhecida como República Velha em oposição à República Nova, período posterior, foi o tempo da história do Brasil que se estendeu da proclamação da República até a Revolução de 1930, liderada por Getulio Vargas, que depôs Washington Luis, o 13º e último presidente da República Velha.
Getulio Vargas governou de 1930 até 1945, quando chegou a vez de ele ser deposto. A Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutara na Itália contra o nazifascismo, ao voltar à Pátria, notou a incoerência em ter, no seu próprio país, um presidente também ditatorial, mesmo que com avanços nos planos sociais e econômicos. Os altos e baixos da República continuaram com o suicídio de Getulio, em 1954, após forte pressão da mídia da época.
Depois, a renúncia de Jânio Quadros, seguida da campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola, para que João Goulart, o vice-presidente, tomasse posse. Em 1964, a deposição de Goulart e a ditadura militar, de 1964 a 1985. A renúncia de Fernando Collor para evitar impeachment, e o impeachment de Dilma Rousseff. Fácil deduzir-se que a República Federativa do Brasil tem muitos altos e baixos, talvez mais baixos.
Um novo governo tomará posse em janeiro de 2019. Com ele, renovam-se as esperanças em dias melhores, o que todos os brasileiros almejam. O novo presidente terá que negociar com o Congresso e fazer reformas, algumas bem difíceis. Mas não há outra opção, além de um forte e inadiável ajuste fiscal. Como a esperança, segundo o dito popular, é a última que morre, vamos esperar dias melhores. O Brasil tem que voltar a crescer e gerar empregos.
 
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