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Opinião

- Publicada em 01 de Novembro de 2018 às 01:00

A credibilidade da imprensa e a democracia no Brasil

As eleições deixaram para trás a enxurrada de notícias falsas, mas, com certeza, haverá repetição nos próximos pleitos, caso nada seja feito para impedir a disseminação das fake news pelas redes sociais, especialmente via WhatsApp e Facebook.
As eleições deixaram para trás a enxurrada de notícias falsas, mas, com certeza, haverá repetição nos próximos pleitos, caso nada seja feito para impedir a disseminação das fake news pelas redes sociais, especialmente via WhatsApp e Facebook.
A credulidade de milhões de pessoas e o uso sistemático dos telefones celulares ditos inteligentes facilitaram que notas as mais estapafúrdias, mentiras grosseiras e versões em vez de fatos circulassem por todo o Brasil. Daí as acusações entre candidatos que responsabilizaram seus oponentes pelo que era lido e dito nas redes sociais, a maioria sem o menor fundamento e sem verificação em fontes confiáveis.
A verdade não parece igual para todos, uma vez que cada um a vê de uma perspectiva diversa. A imprensa pugna pelo seu direito à liberdade, e não pode, não deve e não prescindirá dos seus deveres para com a sociedade que a cerca e da qual, inexoravelmente, faz parte.
Porém, é difícil identificar como atuam nas redes sociais os propagadores dessas notícias falsas. Ainda é algo difuso. Por causa das fake news, o todo-poderoso presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está em guerra com a mídia do seu país.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que governará o Brasil a partir de 2019, tem reclamações contra setores da mídia. Mas, as redações são, na prática, repartições públicas, no melhor sentido da palavra. Devem e têm prestado um serviço público e para o público, de certificar, verificar e checar informações de interesse da sociedade.
O fato é que os veículos de comunicação social têm servido de alerta para falhas ou problemas sociais graves e que exigem a ação oficial, seja de prefeituras, estados ou do governo federal. Da mesma forma, trabalhar em cima do que fazem o Judiciário e o Legislativo, mantendo o respeito pelas instituições, é obrigação.
Como, no Brasil, há falhas nas estruturas policiais preventivas e investigativas e no ordenamento jurídico, mais por sua caducidade do que pelo trabalho dos seus representantes, ainda cabe à imprensa pesquisar e levantar problemas.
Por isso, os choques de interesses são inevitáveis. Então, bradam alguns que há interesse em divulgar isso ou aquilo. Na verdade, ninguém gosta de ser criticado.
Vivemos em uma democracia capitalista e as empresas de comunicação continuam empregando milhares de pessoas, apesar da crise. Existem muitos que bradam em favor da liberdade de imprensa. No entanto, esbravejam quando recebem a primeira crítica.
Mas acontece que as críticas fazem parte da colaboração da imprensa e do povo, via jornais, rádios e tevês, aos políticos, aos empresários e a todos nós como cidadãos.
A liberdade de imprensa não pertence somente às empresas de comunicação social, aos jornais, rádios e tevês, mas sim à sociedade. Que, inclusive, faz críticas à própria imprensa. É salutar que o leitor ou espectador busque uma informação qualificada nos meios de comunicação e, inclusive, o questione.
Mas quem pode negar que é por meio de matérias e reportagens que a população fica sabendo da maioria dos problemas que o Brasil enfrenta? Desde as falcatruas no emaranhado das licitações e concorrências até alguma corrupção no sistema prisional, passando por mazelas dos serviços públicos malfeitos, pior gerenciados ou onde a disciplina é o que menos interessa, bem ao contrário do modelo privado.
 
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