Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 31 de Outubro de 2018 às 01:00

Chegou a hora do voto facultativo

Nesta última campanha, a disputa eleitoral chegou ao nível mais baixo que poderia, com as acusações tomando conta das propagandas e as propostas ficando para segundo plano, o que afasta boa parte dos eleitores do debate. Diante disso, é hora de reafirmar algo: passou o momento de o Brasil adotar o voto facultativo. Parto da premissa de que, na obrigatoriedade, o sujeito que não está interessado no processo eleitoral acaba votando por simpatia ou antipatia, sem qualquer base sólida. Menos da metade das pessoas vão às urnas com a convicção de que tem que usar este direito para optar por um ou outro projeto.
Nesta última campanha, a disputa eleitoral chegou ao nível mais baixo que poderia, com as acusações tomando conta das propagandas e as propostas ficando para segundo plano, o que afasta boa parte dos eleitores do debate. Diante disso, é hora de reafirmar algo: passou o momento de o Brasil adotar o voto facultativo. Parto da premissa de que, na obrigatoriedade, o sujeito que não está interessado no processo eleitoral acaba votando por simpatia ou antipatia, sem qualquer base sólida. Menos da metade das pessoas vão às urnas com a convicção de que tem que usar este direito para optar por um ou outro projeto.
Vamos imaginar eleição em que os cidadãos não são obrigados a votar. Estes candidatos que estão em processo de acusação crescente (e todos fazem isso) teriam que, antes de "votem em mim por isso" ou "não votem no outro por aquilo", convencer o eleitor a ir votar. Isso significa uma mudança no próprio conceito de democracia.
Dos países democráticos, 230 possuem voto facultativo e apenas 21 o voto obrigatório. E neste time de nações atrasadas, junto com o Brasil, estão México, Peru e Argentina.
Os brasileiros reconquistaram o direito de votar faz pouco mais de 30 anos. Depois de um período ditatorial de limitação dos direitos civis, era plausível a obrigatoriedade, uma vez que as pessoas não tinham mais o hábito de votar e, para muitos, o voto era uma novidade. Agora, a democracia está consolidada. O voto facultativo representaria mais um passo para a democracia plena. O medo da classe política, desacreditada, é que uma reforma política que tire a obrigatoriedade resulte em uma deserção do processo eleitoral. Mas é melhor isso ou um número gigantesco de pessoas que votam em qualquer um, sem convicção, apenas porque têm que votar? O Brasil precisa de uma reforma política e que trate deste assunto seriamente. Democracia e voto obrigatório não combinam.
Deputado estadual eleito (MDB)
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO