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Opinião

- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 01:00

Equilíbrio fiscal, o desafio do novo governador

Eleito governador com 53,6% dos votos válidos, Eduardo Leite (PSDB) terá como principal desafio equilibrar as finanças estaduais, com déficits sistemáticos há cinco décadas.
Eleito governador com 53,6% dos votos válidos, Eduardo Leite (PSDB) terá como principal desafio equilibrar as finanças estaduais, com déficits sistemáticos há cinco décadas.
 
Não será uma tarefa fácil sob qualquer ângulo e soluções apresentadas, eis que a falta de dinheiro em todas as situações é algo matemático, desde sempre: ou se tem, ou não. Simples assim. Uma situação muito grave quando envolve pagamento de centenas de milhares de servidores públicos ativos, inativos e pensionistas.
 
Pois o mais jovem governador já eleito no Estado desde a redemocratização tem pela frente uma série de problemas. Mas, com o ímpeto da juventude, durante toda a campanha sempre lembrou do êxito que teve na prefeitura de Pelotas, a cidade gaúcha de grande peso político e, antes, até meados do século XX, também com forte presença econômica.
 
O povo gaúcho como, de resto, quase todos os brasileiros, bradam por um trinômio básico, que é mais educação, saúde e segurança. No entanto, nada terá solução da noite para o dia, como todos sabem. A promessa do pagamento em dia ficou como meta a ser alcançada ao longo de 2019. Educação será prioridade, como foi em Pelotas, reafirmou Eduardo Leite.
 
E segurança pública, terá efetivos colocados principalmente na Brigada Militar por etapas. No entanto, por mais que Pelotas represente na história gaúcha em termos políticos, sociais e mesmo econômicos, com o grande ciclo das charqueadas onde, segundo historiadores, da riqueza nasceu a nobreza, o Rio Grande do Sul, obviamente, exige uma administração bem mais complexa em termos financeiros, por conta dos déficits sistemáticos.
 
Outro pronto a ser resolvido é quanto a manutenção, ou não, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cujo alíquota de 18% só deve vigorar até o final do ano. Eduardo Leite disse que pretende baixá-lo, por etapas, a partir de 2021. Para tanto, necessitará do apoio da Assembleia Legislativa, seja para a manutenção da alíquota atual em 2019 e 2020, ou aceitar a volta ao patamar anterior, conforme previsto pelo que foi aprovado pelos deputados no governo de José Ivo Sartori (MDB).
 
E ao citar o atual ocupante do Piratini, não se pode negar que, para ele, não só chegar ao segundo turno como perder a disputa final por uma margem de votos considerada pequena - menor do que as pesquisas indicavam - serve como um reconhecimento de que, malgrado as dificuldades que enfrentou, procurou fazer o melhor. Como se sabe, foi muito criticado pelo parcelamento dos vencimentos dos servidores, mas houve esforço do governo.
 
O Rio Grande do Sul, mais uma vez, precisará, com o governador eleito Eduardo Leite, erguer-se entre muitas dificuldades a partir de janeiro do ano que vem. Antes, a arquitetura de um secretariado que abrace uma causa comum onde, repete-se, as finanças em equilíbrio serão a prioridade total, busca incessante do governo como um todo.
 
Enfim, tivemos, como no primeiro turno, uma eleição organizada, mais rápida em todo o Estado, eram só dois votos, o que ajudou. Outra vez, elogios ao trabalho do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e aos mesários cidadãos. Salvo incidentes de menor gravidade, houve normalidade.
 
Que venha um programa forte, amplo e com apoio para que o Rio Grande do Sul retome o caminho dos investimentos, da geração de empregos, da união de esforços em prol do bem comum. E de muito desenvolvimento econômico.
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