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Opinião

- Publicada em 17 de Outubro de 2018 às 01:00

Sonhos curtos

Das franjas amazônicas às campinas gaúchas muitos ainda sonham com a "Terra sem Males". Terra viva, que gira sobre um mesmo plano natural de humanos, deuses, montanhas, vales, pradarias, rochas, matas, plantas, animais, rios, mares e ares. Terra movida pelo jeito de ser e não de possuir. Terra distanciada pela busca incessante, mas nunca desistida, porque encontrá-la se estende além desta ou daquela geração. Todas importantes e em movimento contínuo. Sonhar, além de si mesmo, exige tempo e sabedoria, algo muito distanciado dos "móbile" recheados de fakes e reações imediatas, a depender do interesse de plantão.
Das franjas amazônicas às campinas gaúchas muitos ainda sonham com a "Terra sem Males". Terra viva, que gira sobre um mesmo plano natural de humanos, deuses, montanhas, vales, pradarias, rochas, matas, plantas, animais, rios, mares e ares. Terra movida pelo jeito de ser e não de possuir. Terra distanciada pela busca incessante, mas nunca desistida, porque encontrá-la se estende além desta ou daquela geração. Todas importantes e em movimento contínuo. Sonhar, além de si mesmo, exige tempo e sabedoria, algo muito distanciado dos "móbile" recheados de fakes e reações imediatas, a depender do interesse de plantão.
Perdemos o tempo e a verdade inusitada da natureza. Dela nos afastamos e a ela esquecemos o retorno. Nos artificializamos em pressas e horizontes passageiros. Desfocamos utopias para erguer bandeiras de curta flanagem. Tememos ventos que nos remetem à nós mesmos, à nossa própria identidade que é natural.
Imprudenciamos ainda mais. Da reacesa "Terra sem Males", ensaiada pelos movimentos preservacionistas dos anos 70, nos esprememos, em boa medida, à escala temporal dos processos autorizatórios de intervenções controladas no meio natural.
Fomos além. Transformamos valores naturais em precificados recursos naturais sob o verniz do "desenvolvimento sustentável". Passamos a agir sobre a natureza ao invés de coexistir. Coexistir aponta para totalidades e multiversos. Contudo como enxergar multilateralidades se assestamos o olhar na fugacidade de pautas quotidianas? Pautas, ainda que significativas, desnecessitadas da excludência do que é essencial. Essencialidade pouco lembrada, a ponto de não se distinguir "terras sem males" de "terra com males", onde um dos males seria o próprio zelo ambiental e sua organização operacional.
De onde emergirá a natural solidariedade coexistencial e seu jeito de sermos? Voltemos aos rios e suas nascentes. Quem sabe seu fluxo nos influencie.
Analista ambiental
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