O caminho das parcerias

A realidade dos municípios brasileiros não comporta mais a visão de uma prefeitura onipresente e onipotente. A situação financeira é difícil demais até para honrar custeios básicos como a folha de pagamento dos servidores. Para promover grandes investimentos é ainda mais complicado. No entanto, a população apresenta demandas legítimas e necessidades imediatas que precisam de solução.

Uma das respostas inteligentes para essa equação têm sido as Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Cidades de todo o Estado trazem experiências desse novo modelo. Em Viamão, lançamos um edital que prevê a reforma e administração de um centro de negócios. Será numa área de 12 mil metros quadrados, no coração do município, até então desativada. Trata-se de um projeto inovador que alavancará a economia, o agronegócio e novas startups. Além disso, potencializará o turismo ao se beneficiar do movimento da RS-040 em direção às praias. Os municípios da Grande Porto Alegre trabalham na mesma direção. Através da Granpal, estamos obtendo avanços em áreas vitais, sobretudo na iluminação pública e no tratamento de resíduos. As alternativas são construídas em harmonia com o Tribunal de Contas do Estado e em respeito às normas regulatórias. O objetivo é desonerar os cofres públicos por meio de PPPs capazes de aumentar a eficiência do serviço e melhorar a qualidade do que é ofertado às pessoas.

As prefeituras da Região Metropolitana representam 2,8 milhões de cidadãos. É uma megacidade na qual problemas não têm fronteiras. Precisamos dar unidade a essa mobilização para mudar práticas, rever despesas e melhorar entregas. Diante da instabilidade da economia, a principal medida precisa ser arrumar a casa. Só venceremos os desafios se, unidos, concebermos soluções inovadoras, buscarmos parceiros e implementarmos políticas públicas que transformem a vida coletiva. Sozinho não se muda nada.