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Opinião

- Publicada em 27 de Setembro de 2018 às 01:00

Exportar muito é fundamental para superar a crise

Felizmente, as exportações brasileiras continuam superavitárias, devendo chegar ao final do ano com uma soma em torno de US$ 60 bilhões. Em 2017, a balança comercial registrou superávit de US$ 67,001 bilhões, o melhor resultado da série histórica, iniciada em 1989. O montante é resultado de exportações de US$ 217,746 bilhões e importações de US$ 150,745 bilhões no ano. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), de janeiro a agosto deste ano, as vendas dos não industrializados lideraram a arrecadação do Brasil com exportações. Já os industrializados, cuja fabricação exige tecnologia, alcançaram patamares bem menores.
Felizmente, as exportações brasileiras continuam superavitárias, devendo chegar ao final do ano com uma soma em torno de US$ 60 bilhões. Em 2017, a balança comercial registrou superávit de US$ 67,001 bilhões, o melhor resultado da série histórica, iniciada em 1989. O montante é resultado de exportações de US$ 217,746 bilhões e importações de US$ 150,745 bilhões no ano. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), de janeiro a agosto deste ano, as vendas dos não industrializados lideraram a arrecadação do Brasil com exportações. Já os industrializados, cuja fabricação exige tecnologia, alcançaram patamares bem menores.
A equação não é considerada saudável por economistas, pois a balança comercial do País fica refém do vaivém da cotação internacional dos produtos básicos, também conhecidos como commodities.
A soja, como está sendo quase uma tradição, de janeiro a agosto, respondeu por 33% do valor exportado, seguida pelos óleos brutos de petróleo, com 19,56%, e pelo minério de ferro, com 15,96%. Enquanto isso, itens manufaturados tiveram presença bem menor, como os automóveis tradicionais, no mesmo período, responderam por 6,71% das vendas externas.
E, do início de 2018 até agosto, os refrigerantes e outras bebidas não alcoólicas, a margarina e o vinho de uvas participaram, cada um, com 0,01% do valor total exportado pelo Brasil.
Há um esforço no sentido de mudar essa realidade. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua através do Programa de Capacitação para Exportação capacitando empresários - muitos de pequenas indústrias - para exportar seus produtos de maior valor agregado.
Além disso, articula o contato com clientes em potencial, como está ocorrendo durante a LAC Flavors - feira de bebidas e alimentos promovida no Chile pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma missão organizada pela Apex levou 62 empresários brasileiros para participar de rodadas de negócios e expor seus produtos no evento. Entre as empresas interessadas em fazer seu produto ir além das fronteiras nacionais está a startup de biotecnologia Meltech. Nascida em Mossoró, Rio Grande do Norte, a empresa produz hidromel, uma espécie de vinho de mel, e kombucha, um probiótico, produto com microrganismos vivos que, além do sabor, traz benefícios à saúde, sendo considerado um refrigerante natural.
E outro produto, a popular cachaça, busca uma presença ampla no mercado internacional. Por isso, engenhos paulistas têm firmado parcerias para garantir a presença em grandes supermercados e, agora, esperam que os estrangeiros se encantem pela cachaça. Como sempre, a carga tributária interna prejudica um pouco as vendas. Assim, o custo-benefício para a exportação é melhor. Chile, Costa Rica, Austrália, República Checa, Panamá, Alemanha, Equador e Paraguai estão entre os países que demonstraram interesse na cachaça. Motivo de piadas em alguns setores da nacionalidade por conta do eventual uso abusivo, o produto deverá render bons negócios e dólares ao Brasil em futuro próximo.
Apesar de os produtos básicos ainda serem o destaque das exportações, o País deve ocupar novos espaços com artigos industrializados. O Brasil é um dos países mais competitivos no agronegócio. Mas deve investir nos manufaturados e tecnologia. Será uma nova etapa de progresso. Que assim seja, então.
 
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