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Opinião

- Publicada em 27 de Setembro de 2018 às 01:00

Paulo Vellinho, propaganda ética e social

Paulo Vellinho, empreendedor que adquiriu a marca Admiral porque olhou fundo nos olhos do norte-americano que lhe deu os direitos no Brasil afirmando que não tinha dólares nem cruzeiros mas iria lhe pagar em pouco tempo, pois tinha convicção no seu trabalho que transformaria vidas, merece um monumento para ficar na história e estou trabalhando na idealização para talvez colocá-lo ao lado do Carlos Nobre, jornalista, radialista e pianista que marcou época quando juntos laboramos com o Mauricio Sobrinho, em 1968, na Rádio Gaúcha, no Edifício União. Por que ao lado Carlos Nobre?
Paulo Vellinho, empreendedor que adquiriu a marca Admiral porque olhou fundo nos olhos do norte-americano que lhe deu os direitos no Brasil afirmando que não tinha dólares nem cruzeiros mas iria lhe pagar em pouco tempo, pois tinha convicção no seu trabalho que transformaria vidas, merece um monumento para ficar na história e estou trabalhando na idealização para talvez colocá-lo ao lado do Carlos Nobre, jornalista, radialista e pianista que marcou época quando juntos laboramos com o Mauricio Sobrinho, em 1968, na Rádio Gaúcha, no Edifício União. Por que ao lado Carlos Nobre?
Tive a felicidade de conviver com o Vellinho nos tristes tempos de sete anos com a espada da censura prévia no rádio e na televisão, e, em 1974, o Bispo Hoara, o censor mais "durão" que conheci em toda a revolução por ter suspenso por um domingo Carlos Nobre na TV Gaúcha pela afirmação que estava suando por falta de "frescura" no estúdio, pois não estava funcionando o aparelho Springer/Admiral, seu patrocinador. Pois, com o apoio do Paulo Vellinho e do Ernani Behs, da Ogilvy&Mather, que tinha a conta da Springer/Admiral, fui ao 3º Congresso Brasileira de Propaganda em São Paulo e apresentei a tese "O direito à propaganda sem censura", aprovada pelo auditório. No dia seguinte, era notícia da Folha de SP, do Estadão, do Globo e de outros grandes jornais com o rádio e a televisão na retaguarda.
Em três meses, o Marco Antonio Kraemer, meu ex-funcionário na Arauto e colega da turma de Publicidade de 1965 na Famecos, convenceu o presidente Figueiredo, do qual era porta-voz de imprensa, para mandar o ministro da Justiça acabar com a vexatória censura prévia. Certo dia, com o Vellinho, sentamos na VASP para voltarmos à nossa Cidade Sorriso, e o comandante falou conosco para trocarmos de aeronave para darmos lugar a um enfermo idoso que precisava urgente chegar no hospital em SP.
Prontamente, atendemos e voltamos sorrindo com um banquete de primeira classe proporcionado pela tripulação. O Rio Grande e o Brasil precisam tanto de Paulos Vellinhos para se reerguerem com a ética e o social. Quero trazer à memória aquilo que me pode dar esperança.
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