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Opinião

- Publicada em 25 de Setembro de 2018 às 01:00

Quebra do banco Lehman Brothers ainda repercute

Os mercados financeiros precisam se preparar para um longo período de turbulência, à medida que mais bancos centrais do mundo começam a encerrar programas de incentivo e a elevar as taxas de juros, disse o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) em seu último relatório. Transcorreram-se 10 anos desde que a quebra do banco Lehman Brothers jogou o mundo financeiro e a economia de muitos países em quase colapso, ao redor do mundo. Não foi algo que aconteceu de pronto, mas, com certeza, o negativismo que começou a se alastrar atingiu, em maior ou menor grau, os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a América Latina.
Os mercados financeiros precisam se preparar para um longo período de turbulência, à medida que mais bancos centrais do mundo começam a encerrar programas de incentivo e a elevar as taxas de juros, disse o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) em seu último relatório. Transcorreram-se 10 anos desde que a quebra do banco Lehman Brothers jogou o mundo financeiro e a economia de muitos países em quase colapso, ao redor do mundo. Não foi algo que aconteceu de pronto, mas, com certeza, o negativismo que começou a se alastrar atingiu, em maior ou menor grau, os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a América Latina.
Mesmo que o colapso tenha sido muito forte e comparado por muitos economistas à crise global de 1929/1930, que causou a chamada Grande Depressão, a receita para se blindar contra episódios semelhantes continua a mesma. Assim, equilíbrio nas contas públicas e evitar o endividamento excessivo são recomendações básicas. Porém, geralmente não seguidas ou aplicadas de maneira pontual, o que não evita o colapso, como aconteceu com o Brasil nos últimos anos.
Por isso, o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) comparou a volatilidade do mercado este ano à reação de um paciente que acabou de sair de um remédio forte. O relatório do BIS indica que poderá haver mais turbulência à frente, com as taxas dos EUA provavelmente subindo, as preocupações com a guerra comercial entre a Casa Branca e Pequim aumentando, o Banco Central Europeu (BCE) devendo encerrar seu programa de impressão de dinheiro e mercados emergentes problemáticos tendo que elevar as taxas de juros. De maneira preventiva, os formuladores de políticas - no caso brasileiro os futuros presidente e governadores - e os mercados devem se preparar para uma convalescença demorada e agitada. Para nós, será apenas a continuação de uma situação já vivida há alguns anos. Para os analistas do BIS, a liquidação nos mercados emergentes desde o final de janeiro já se equiparou àquela vista há cinco anos durante o "taper tantrum", episódio no qual os investidores começaram a se assustar com a vida sem incentivos do Federal Reserve norte-americano, o Banco Central estadunidense.
Obstáculos o Brasil tem há tempos, pois é antipático o receituário a ser aplicado para combater a escassez de recursos e fazer a economia retomar o crescimento, com mais investimentos e a consequente abertura de postos de trabalho. Assim, os bancos centrais têm de atuar com cuidado. É que o fim iminente do plano de compra de títulos do BCE, de 2,5 trilhões de euros, será amortecido, enquanto o Banco do Japão fica ainda mais para trás no processo. Também os valores das ações de Wall Street subiram, alcançando novos picos históricos. A volatilidade manteve-se baixa e os conhecidos como prêmios pela maturidade do mercado mantiveram-se comprimidos. Os spreads de crédito para empresas mais arriscadas de alto rendimento têm pairado em torno de níveis que prevaleciam pouco antes da crise financeira global de 2007-2008.
Estamos chegando às eleições e é importante que todos façam uma reflexão sobre os nomes lançados à escolha da opinião pública. Escoimar das leituras diárias as notícias falsas, a boataria, as acusações sem fundamento. Pensar apenas nos candidatos e candidatas que julgamos farão um bom governo em prol do País e do Rio Grande do Sul. Não será fácil, mas é fundamental esta tarefa.
 
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