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Opinião

- Publicada em 03 de Setembro de 2018 às 01:00

Notícias falsas, eleições e credibilidade da imprensa

A verdade não parece igual para todos nós, uma vez que cada um a vê de uma perspectiva diferente. A imprensa defende o seu direito à liberdade, mas não pode, não deve e não prescindirá dos seus deveres para com a sociedade que a cerca e da qual, inexoravelmente, faz parte.
A verdade não parece igual para todos nós, uma vez que cada um a vê de uma perspectiva diferente. A imprensa defende o seu direito à liberdade, mas não pode, não deve e não prescindirá dos seus deveres para com a sociedade que a cerca e da qual, inexoravelmente, faz parte.
Hoje, alguns questionam a permanência de jornais e revistas, assim como dos veículos de rádio e emissoras de tevê, com o avanço das chamadas redes sociais. De pleno, é difícil identificar, exatamente, o que é a rede social e como ela atua. 
De fato, ainda é algo difuso e, no âmbito político, tem sido utilizada para divulgar ideias, marcar encontros, buscar apoio para causas, ainda que virtualmente.
Mas, nos últimos anos, é crescente o questionamento ao uso das redes sociais para a disseminação, agora em massa, das notícias falsas, chamadas, em inglês, de fake news. Sem, muitas vezes, saber a fonte da informação, as pessoas repassam notícias apenas por simpatizarem com a ideia ou por terem recebido aquela mensagem de algum conhecido. Com isso, essas fake news se propagam.
Por causa delas, e pelo questionamento à veracidade de algumas declarações, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está em guerra com a mídia do seu país, especialmente os grandes jornais de Washington e Nova Iorque.
Os choques de interesses são inevitáveis. O que não se pode é ignorar informações falsas e tratá-las como verdadeiras. Aí, entra o papel do jornalismo profissional, que deve ser valorizado, pois a informação é um ativo fundamental para qualquer democracia.
Muitos bradam em favor da liberdade de imprensa. No entanto, esbravejam quando recebem a primeira crítica. Mas acontece que as críticas fazem parte da colaboração da imprensa aos políticos e a todos nós, como cidadãos do Rio Grande do Sul e do Brasil. Assim, a liberdade de imprensa pertence à sociedade.
Quem pode negar que, hoje em dia, é por meio de matérias e reportagens que a população fica sabendo da maioria dos problemas que o Brasil enfrenta? Desde as falcatruas no emaranhado das licitações, concorrências e tomadas de preço até a corrupção no sistema prisional, passando pelas mazelas dos serviços públicos malfeitos e pior gerenciados.
Pode-se até questionar o enfoque, a forma, o espaço de uma reportagem. Mas, a rigor, após a publicação, o debate sobre a matéria continua, com o público, que está sempre interagindo. O que deve existir é o bom senso, evitando-se a denúncia pela denúncia, o estardalhaço e o desrespeito às pessoas.
Quem julga e condena é a Justiça, a imprensa apenas divulga. O grande julgador é o leitor, o ouvinte ou o telespectador.
Dessa forma, cabe ressaltar, mais uma vez, a importância da informação com fontes confiáveis, dados apurados e comprovados. Como foi dito, a informação é um ponto importante para uma democracia plena. Neste período de campanha eleitoral não é diferente. Pelo contrário.
Quanto mais as pessoas tiverem acesso a informações confiáveis e ficarem menos suscetíveis a fake news, mais provável será que a sociedade brasileira consiga eleger bons deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e presidente da República.
É o que se deseja e o que se espera, para o Estado e o Brasil.
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