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Opinião

- Publicada em 03 de Setembro de 2018 às 01:00

Os buracos lembram queijos suíços

Em cidade muito distante, a desavisada população acabou por eleger aquele passador de ideias que conhecia todos os problemas. Caminhava, caminhava e perguntava: "você está contente com isto e aquilo? Pois eu vou resolver!". Foi na escola de samba e até surdo tocou. Verdade que alguns carnavalescos de ouvido apurado sorriram, pois atravessava o bonito samba. Assumiu e sepultou o Carnaval. Os buracos nas ruas faziam fila nos acostamentos, esperando vaga para pular ao leito já lotado, que mais lembrava queijo suíço. A cidade, antes alegre, ficou feia e triste. Iluminação, só em noite de luar, quando os vaga-lumes ajudavam os garis.
Em cidade muito distante, a desavisada população acabou por eleger aquele passador de ideias que conhecia todos os problemas. Caminhava, caminhava e perguntava: "você está contente com isto e aquilo? Pois eu vou resolver!". Foi na escola de samba e até surdo tocou. Verdade que alguns carnavalescos de ouvido apurado sorriram, pois atravessava o bonito samba. Assumiu e sepultou o Carnaval. Os buracos nas ruas faziam fila nos acostamentos, esperando vaga para pular ao leito já lotado, que mais lembrava queijo suíço. A cidade, antes alegre, ficou feia e triste. Iluminação, só em noite de luar, quando os vaga-lumes ajudavam os garis.
O livreiro, pensando na próxima feira, encomendou milhões de exemplares do livro A revolução dos bichos, de George Orwell. A obra é um conjunto de metáforas que revivem história. Narra o egoísmo, o autoritarismo que existe, e a conexão dos ditos humanos não é mero acaso. Os personagens são animais, e seus nomes, pitorescos. O Major, por exemplo, lembra Karl Max e até Napoleão que deságua em Stalin, que o crítico narrador faz leitura exata da péssima administração. É obra satírica. A realidade enxerga com lentes verdes do bom humor. Em face da procura antecipada de superar as previsões, o animado livreiro fez outro investimento: o livro A roupa nova do rei, de Hans Christian Andersen, que narra o fato do monarca vaidoso, cujo alfaiate forasteiro era, na realidade, fugitivo e criativo a ponto de colocar o rei nu e só as crianças perceberem.
Saindo das obras e voltando ao mundo dos profanos e neófitos, os edis foram rotulados pelo Alcaide de adjetivos inomináveis e QI na soleira da porta. Quando a mídia registrava os problemas e sugeria soluções, ele dizia que não governava por pressões. Vinte e dois assessores pularam da barca. Teimoso, não aprendia com erros. Entrou para a história como o pior Alcaide de todos os tempos.
Cidadão Emérito de Porto Alegre
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