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As cerca de 140 Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre contam apenas com 40 ginecologistas e obstetras, que na maioria das vezes mal conseguem atender à demanda do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse é um dado alarmante que evidencia a precariedade do atendimento às gestantes na Capital. Mesmo reconhecendo o empenho das equipes que atuam no Programa de Saúde da Família que atendem o pré-natal, a presença de um médico especializado é essencial no acompanhamento da gestação das pacientes atendidas pelos serviços de saúde municipais, principalmente nas complicações decorrentes do parto. Sabemos que muitas gestações são de alto risco e por isso é importante o olhar qualificado do especialista que consegue identificar problemas que muitas vezes não são percebidos por outros profissionais de saúde. Cerca de um terço dos partos no País não são acompanhados adequadamente, e mesmo que no Rio Grande do Sul esse indicador seja um pouco melhor, os riscos à saúde dos pacientes ainda é grande. Em vista disso, a preocupação com a qualidade o atendimento de todas as pacientes é redobrado, visto que há risco de vida para a mulher e seu bebê durante uma emergência médica.
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As cerca de 140 Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre contam apenas com 40 ginecologistas e obstetras, que na maioria das vezes mal conseguem atender à demanda do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse é um dado alarmante que evidencia a precariedade do atendimento às gestantes na Capital. Mesmo reconhecendo o empenho das equipes que atuam no Programa de Saúde da Família que atendem o pré-natal, a presença de um médico especializado é essencial no acompanhamento da gestação das pacientes atendidas pelos serviços de saúde municipais, principalmente nas complicações decorrentes do parto. Sabemos que muitas gestações são de alto risco e por isso é importante o olhar qualificado do especialista que consegue identificar problemas que muitas vezes não são percebidos por outros profissionais de saúde. Cerca de um terço dos partos no País não são acompanhados adequadamente, e mesmo que no Rio Grande do Sul esse indicador seja um pouco melhor, os riscos à saúde dos pacientes ainda é grande. Em vista disso, a preocupação com a qualidade o atendimento de todas as pacientes é redobrado, visto que há risco de vida para a mulher e seu bebê durante uma emergência médica.
Este cenário de atendimentos em situação limite é agravado pelo contexto que envolve o financiamento dos procedimentos oferecidos pelo SUS. O Projeto de Emenda Constitucional nº 241, a chamada PEC dos Gastos, que prevê o congelamento das despesas federais, determina que as verbas de saúde serão corrigidas apenas pela inflação. As autoridades tentaram minimizar os riscos das pacientes, usando mais as unidades básicas de saúde (UBSs) ao invés dos hospitais, mas isso não é suficiente para reverter o cenário. O resultado disso é uma estrutura que não tem o aporte necessário para atender as necessidades da população.
Presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs)