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Opinião

- Publicada em 27 de Agosto de 2018 às 01:00

A campanha eleitoral e as promessas dos candidatos

É uma tradição nas campanhas eleitorais que os candidatos prometam soluções às vezes até mirabolantes para os problemas que afligem os brasileiros em geral. Na atual campanha em curso no Brasil, não é diferente, há planos que são autênticas fantasias administrativas.
É uma tradição nas campanhas eleitorais que os candidatos prometam soluções às vezes até mirabolantes para os problemas que afligem os brasileiros em geral. Na atual campanha em curso no Brasil, não é diferente, há planos que são autênticas fantasias administrativas.
Provavelmente, é uma consequência da grave crise financeira dos setores públicos em geral, começando pela União e passando por estados e prefeituras, onde, infelizmente para nós, o Rio Grande do Sul e a prefeitura de Porto Alegre estão mais do que inseridos no contexto de déficits sistemáticos.
É normal que, diante das dificuldades, os candidatos prometam. Mas a realidade tem que ser lembrada. E as ideias não podem perder a conexão com a realidade que está aí, diante de todos. Afinal, são cerca de 13 milhões de desempregados.
Mas não se deve simplificar, como fazem alguns postulantes a cargos eletivos, na base das promessas de que, se eleitos, aumentarão vencimentos dos servidores, o salário-mínimo, efetivos da segurança pública e por aí vai, sem fundamento na realidade. Deve-se partir do princípio de que é errado administrar sem olhar para o Tesouro.
Foi uma das razões para o que temos agora, com anos de gastos bem acima das receitas, incluindo o custeio, fato que revolta aqueles que bradam, com razão, por mais educação, saúde e segurança. Pensar bem antes das promessas é imperioso aos candidatos, especialmente a presidente da República e governador, seja qual for o estado.
Outra característica das nossas eleições é jogar nas costas dos atuais governantes e parlamentares todas as culpas possíveis sobre o que está acontecendo de ruim no Brasil, no Estado e nas prefeituras.
Não se pode esquecer que as arrecadações não são monitoradas, não diretamente, pelo presidente, pelo governador ou pelo prefeito. Para isso existem estruturas com servidores concursados, ministério, secretarias estaduais e municipais da Fazenda. Além, é claro, dos Legislativos, que estão aí para fiscalizar. E no Parlamento, quase todos os partidos estão representados.
Pede-se, assim, mais bom senso às falas dos candidatos. Caso contrário, eles mesmos serão as próximas vítimas daquilo que hoje, com veemência, criticam. Vendem a ideia de que bastará um decreto, uma norma para termos, como num passe de mágica, mais verbas, servidores, policiais, serviços públicos.
Parece que se baseiam em uma terrível incompetência dos atuais dirigentes, que não tiveram vontade política. Não é bem assim, ainda que, lastimavelmente, a corrupção em alguns estados do País tenha tido um papel protagonista na atual situação.
Falar sobre metas para solucionar dificuldades nas áreas sempre apontadas como prioritárias, como educação, saúde e segurança, não prescinde de apontar de onde sairão os sempre fundamentais recursos financeiros. Querer, nesses casos, não é poder, eis que a grande barreira, como dito, é encontrar verbas.
Ainda mais sem aumentar impostos em geral, algo que a maioria repudia. Como sabemos, somos senhores do silêncio e escravos das palavras pronunciadas. Dessa forma, em certos assuntos, a parcimônia nas falas será algo muito bom para alguns candidatos que julgam que basta decretar o fim disso ou daquilo em quase todos os setores. Não é tão fácil assim. De qualquer forma, a eleição é o momento ideal para discutirmos, como sociedade, soluções para o Estado e o País.
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