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Opinião

- Publicada em 16 de Agosto de 2018 às 01:00

Os de cima sobem, e os de baixo descem

Mais um relatório publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) evidencia que a crise tem afundado o Brasil na desigualdade econômica e social. Enquanto os mais pobres ficam cada vez mais pobres, os mais ricos não param de enriquecer. O levantamento aponta que, a cada 10 crianças que nascem abaixo da linha da pobreza, 3,5 morrerão, e apenas uma terá alguma chance de sair desse quadro. Quando se trata de desigualdade, nosso país sustenta índices quase que inacreditáveis, só aqui no mundo há a maior concentração de renda entre o 1% mais rico.
Mais um relatório publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) evidencia que a crise tem afundado o Brasil na desigualdade econômica e social. Enquanto os mais pobres ficam cada vez mais pobres, os mais ricos não param de enriquecer. O levantamento aponta que, a cada 10 crianças que nascem abaixo da linha da pobreza, 3,5 morrerão, e apenas uma terá alguma chance de sair desse quadro. Quando se trata de desigualdade, nosso país sustenta índices quase que inacreditáveis, só aqui no mundo há a maior concentração de renda entre o 1% mais rico.
No Brasil, 40% dos menores de 14 anos, segundo a Abrinq, vivem na pobreza. As coisas pioram quando sabemos que um quarto da população brasileira, ou seja, mais de 25 milhões de pessoas viviam com menos de R$ 387,00 por mês em 2016, conforme estudo da USP. O nível de extrema pobreza tem se intensificado nos últimos anos, a ponto de o Brasil regredir ao mesmo patamar de 12 anos atrás, e a volta ao mapa da fome já uma realidade próxima se seguirmos com a atual política de desprezo aos de baixo e privilégios aos de cima. A síntese da inversão de prioridades é que, de maio de 2017 a maio de 2018, R$ 384,278 bilhões foram entregues ao pagamento de juros da dívida pública, sendo que, no mesmo período, a educação, por exemplo, recebeu míseros R$ 4, 556 bilhões. Parar de cavar é a primeira medida que se deve tomar para sair do buraco. Investir na educação em vez do mercado seria um início promissor para que o quadro social brasileiro fosse alterado. Mas isso não se faz destinando metade de orçamento público para o sistema financeiro, mas sim fazendo justamente ao contrário.
Do contrário, já dizia o poeta, nada mudará, o de cima sobe, e o de baixo desce.
Ex-presidente da União Gaúcha de Estudantes
 
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