A Inteligência Emocional no trabalho

O ambiente profissional é um dos principais contextos em que habilidades da Inteligência Emocional podem transparecer. Pode não bastar que haja conhecimento técnico sobre o trabalho. Para o desenvolvimento de ambos, empresa e profissional, tão importante quanto a prática laboral é preciso saber relacionar-se com as pessoas ao redor, e também consigo mesmo. Ninguém trabalha sozinho.

No mínimo, você precisará ter um cliente. Novas hipóteses sobre a inteligência humana surgiram nas últimas décadas, nas quais não necessariamente o conhecimento em si, mas a capacidade de se resolverem problemas era o foco principal. Essa capacidade, em virtude das estruturas cerebrais, dependia das memórias armazenadas naquela conjuntura do problema, as quais geravam um estado emocional. Como lidar com essa situação e com as emoções envolvidas culminou com o conceito de Inteligência Emocional. Em um ambiente de trabalho, cada pessoa traz suas necessidades, que interagem com as necessidades de todas as outras pessoas ao redor, além das necessidades da própria empresa.

Nesse cenário, não é de se estranhar que conflitos interpessoais possam acontecer, uma vez que o trabalho, por si só, pode significar a necessidade de sobrevivência, e o "lutar ou fugir" mais primitivo pode ser acionado a qualquer momento. Um ambiente de trabalho emocionalmente inteligente proporciona um cenário favorável ao pleno exercício não apenas emocional, mas também cognitivo, tornando possível o aumento da produtividade e do próprio desenvolvimento profissional. Contudo é importante lembrar que uma empresa é formada por pessoas, pessoas essas que, ao qualificarem sua intra e intercomunicação a partir da autoconsciência de suas emoções, capacitam-se para não entrar nas estatísticas de Peter Drucker, um dos grandes mestres da administração moderna, que atestou que "as pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos".