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Opinião

- Publicada em 09 de Agosto de 2018 às 01:00

Analfabetismo funcional é chaga a ser extirpada

Quando as eleições estão se aproximando, as entrevistas com os candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal devem se concentrar nas medidas, por mais duras que sejam, na eliminação do analfabetismo no País. Não se admite mais.
Quando as eleições estão se aproximando, as entrevistas com os candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal devem se concentrar nas medidas, por mais duras que sejam, na eliminação do analfabetismo no País. Não se admite mais.
Com tantos recursos tecnológicos disponíveis desde o início do século XXI é uma tristeza saber que ainda existam tantos brasileiros que não sabem ler e escrever. Uma pessoa analfabeta sofre com a situação, tem pouca ou nenhuma condição de ascensão social e também gera desconforto na própria família, não seja ela também composta de outros, ou todos, analfabetos. Amigos e pessoas das suas relações, mas alfabetizadas, acabam, querendo ou não, exercendo uma discriminação ao natural contra quem não sabe ler e escrever. É uma situação triste e, para o analfabeto, vexatória até.
É fundamental que os próximos vencedores das eleições para presidente, governador e ao Congresso Nacional sejam perguntados de que maneira esta chaga nacional poderá ser extirpada do Brasil e o mais rápido possível.
Além disso, temos ainda uma carga sobressalente na área da educação que são os chamados de analfabetos funcionais. Frequentaram a escola, mas foram de mal a pior e a maioria abandonou os estudos quase sem saber ler e escrever ou fazendo isso de maneira mais do que sofrível.
A desigualdade social que existe no Brasil desde quando era colônia de Portugal, e se mantém até os dias atuais, é uma das razões. Precisando trabalhar desde cedo, e sendo o estudo algo que precisa de assiduidade e esforço intelectual, muitos abandonam e deixam de lado o aprendizado e preferem se aventurar em biscates sem qualquer exigência educacional e, adultos, não voltam mais a atenção para o aprender. Daí que em cada 10 jovens e adultos de 15 a 64 anos no País, ou 29% do total, cerca de 38 milhões de pessoas, são considerados analfabetos funcionais. Esse grupo tem dificuldade de entender e se expressar por meio de letras e números em situações cotidianas.
Nessa faixa de 29% de brasileiros classificados nos níveis mais baixos de proficiência e escrita, há 8% de analfabetos absolutos, aqueles que não conseguem ler ou escrever. Os outros 21% estão no nível rudimentar, ou seja, não localizam informações em um calendário, por exemplo.
Em 2009, 27% dos brasileiros eram considerados analfabetos funcionais - o índice se repetiu em 2011 e 2015, últimos anos em que dados oficiais foram divulgados. A taxa de analfabetismo calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra estagnação do analfabetismo absoluto no País, com 7% das pessoas, ou 11, 5 milhões, acima de 15 anos sem saber ler ou escrever. Essa situação triste não pode continuar.
Além disso, com a crise dos últimos quatro anos e antes dela, mas em menor número, a criminalidade tornou-se assustadora. Desigualdade, abandono dos mais pobres, analfabetismo e desemprego formam um caldo de cultura que facilita, mesmo que não justifique, o motivo pelo qual muitos enveredam pelo mundo do crime.
Então, que os candidatos sejam perguntados sobre como diminuir o analfabetismo e o analfabetismo funcional. Caso contrário, será difícil retomarmos a senda do crescimento econômico. Só a educação levará o Brasil para frente.
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