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Opinião

- Publicada em 09 de Agosto de 2018 às 01:00

A economia brasileira

Em 1.867 Karl Marx publica "O Capital", com a ideia de que o capitalismo oprime os trabalhadores dando a eles um salário de subsistência, uma vez que o sucesso da comercialização de um bem se dará pelo preço mais baixo e para tanto é preciso produzir no menor custo possível, tirando o máximo de produção do trabalhador e pagando o mínimo por esse trabalho. Assim, Marx prevê que o capitalismo se autodestruirá, pois a necessidade de preços cada vez menores leva as margens de lucro tenderem a zero o que levaria ao fim do capitalismo.
Em 1.867 Karl Marx publica "O Capital", com a ideia de que o capitalismo oprime os trabalhadores dando a eles um salário de subsistência, uma vez que o sucesso da comercialização de um bem se dará pelo preço mais baixo e para tanto é preciso produzir no menor custo possível, tirando o máximo de produção do trabalhador e pagando o mínimo por esse trabalho. Assim, Marx prevê que o capitalismo se autodestruirá, pois a necessidade de preços cada vez menores leva as margens de lucro tenderem a zero o que levaria ao fim do capitalismo.
Hoje, o capitalismo continua de pé, portanto Marx estava errado, mas nem tanto. A crise de 1929 se arrastou por vários anos e ao final da guerra líderes mundiais se reuniram para o encontro de Bretton Woods. Começavam a ser realizados acordos para evitar o fim do capitalismo, dentre os mais relevantes, a lei de patentes, que trata da inovação e do desenvolvimento. Por 20 anos, aquele que "desenvolve o mundo" detém o monopólio e o lucro. Para inovar é preciso gente com elevado grau de conhecimento e dinheiro para financiar as pesquisas. Já o Brasil, conhecido como o país da "inovação zero", não tem educação de qualidade, logo não forma "cérebros" para se tornar um polo de inovação. O Brasil, durante décadas, foi a opção do "primeiro mundo" para produzir aqui aquilo que não era vantajoso produzir lá. Produtos de baixo valor agregado, sem proteção de patentes e por isso precisavam de custos baixos e mão de obra barata para se tornarem competitivos. A partir dos anos 1980, países asiáticos impõem um novo padrão de produção com custos mais baixos e mão de obra abundante e fazem com que a América Latina deixe de ser opção de custo baixo de produção. Gradualmente a indústria brasileira declina, com custos altos, perde mercado externo e a batalha contra os importados. As indústrias que sobrevivem migram para os grandes centros do País, as fábricas menores fecham ou são vendidas.
No dia em que não houver mais mão de obra barata disponível no planeta, aí sim a profecia de Marx se concretizará e o capitalismo ruirá, mas isso poderá levar séculos. Até lá o capitalismo continuará ditando as regras e caberá ao Brasil decidir de qual lado quer estar, do lado que está protegido por patentes, ou do que tenta sobreviver por custos baixos.
Economista
 
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