Equilíbrio necessário

Alguns especialistas afirmam que os municípios do Brasil atravessam a pior crise dos últimos 30 anos. Estamos comprovando esta avaliação pelos relatos dos prefeitos e pelas notícias que circulam na mídia e redes sociais. Como uma espécie de consolo, sábios profetizam que os momentos de crise nos fazem crescer, exigem criatividade e busca de parcerias. Em Cachoeirinha não foi diferente.

Assumimos um governo com muitas dificuldades, mesmo reconhecendo o esforço do governo passado. Tivemos que pagar o salário de dezembro de 2016, já com 5% de reajuste. Sabemos que para poder cuidar das pessoas e oferecer melhores serviços à comunidade, precisamos alcançar um equilíbrio financeiro condizente com as necessidades do município. Como dizia o cantor e compositor Falcão: dinheiro não é tudo, mas é cem por cento. Adotamos algumas medidas, no início de 2017, buscando condições para melhor atender a população. As primeiras ações foram em relação ao funcionalismo. Antes da posse, solicitamos a aprovação de uma reforma administrativa, reduzindo sete secretarias municipais e a redução de 90 CCs. Em fevereiro encaminhamos um conjunto de medidas revendo vantagens insustentáveis diante de um cenário de dificuldades que o País atravessa. A cada três anos, os servidores estáveis tinham um acréscimo de 15%, para além da reposição inflacionária. Reduzimos para 6%, o que ainda é algo considerável. Também apostamos muito nos projetos em parceria, tendo consciência de nossos limites reais para efetivarmos realizações importantes para a cidade. Estamos em processo de construção de PPPs, Parcerias Público-Privadas, nas áreas da iluminação e dos resíduos sólidos. Isto outros municípios estão também encaminhando.

O diferencial em nossa cidade é a parceria com empreendedores e proprietários dos comércios ao longo da Flores da Cunha, a principal avenida. Eles entrando com o material e o município com os recursos humanos. Assim, integrando poder público e a iniciativa privada, estamos conseguindo superar obstáculos e realizar obras que estão sendo reivindicadas há décadas na cidade. Para vencer a crise, somente com equilíbrio e trabalho em conjunto.