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Opinião

- Publicada em 03 de Agosto de 2018 às 01:00

O 2018, ano que agoniza

Rafael Zanotelli
Realmente o Brasil não é para amadores. Nesse período pós-crise, quando a economia parecia dar sinais de reaquecimento, perdemos o fôlego e a baixa imunidade nos fez sentir com mais força os sintomas de uma crise ainda latente e grave. A greve dos caminhoneiros demonstrou não apenas a insatisfação setorial com as políticas de reajustes de preços dos combustíveis ou a prejudicialidade dos valores de frete praticados, mas, especialmente demonstrou claramente ao país a ausência de governo e de políticas públicas.
Realmente o Brasil não é para amadores. Nesse período pós-crise, quando a economia parecia dar sinais de reaquecimento, perdemos o fôlego e a baixa imunidade nos fez sentir com mais força os sintomas de uma crise ainda latente e grave. A greve dos caminhoneiros demonstrou não apenas a insatisfação setorial com as políticas de reajustes de preços dos combustíveis ou a prejudicialidade dos valores de frete praticados, mas, especialmente demonstrou claramente ao país a ausência de governo e de políticas públicas.
Além da carência de legitimidade, no episódio ficou evidente a falta de planejamento, visão sistêmica, despreparo e, especialmente, a credibilidade de nossos governantes. A condução das tentativas de remediar a greve redundou em "emendas piores que o soneto", ao repassar o custo das concessões aos demais setores da economia. Não vamos nos enganar, a conta sairá dos recursos arrecadados por toda a sociedade. Não há mágica. Não surpreende que, agora, após desmobilizado o protesto rodoviário, surjam novas pressões de segmentos que serão diretamente impactados com a oneração da carga tributária, tal como a reoneração da folha de salários para setores industriais, comércio e serviços, corte de incentivos para exportadores (reintegra) ou vedações no direito de compensações de tributos (forma indireta de majorar a carga tributária). Ocorre que essas iniciativas governamentais, feitas no atropelo, violam a legislação, e o Poder Judiciário deverá socorrer as empresas e protegê-las com os freios e contrapesos que o próprio ordenamento jurídico impõe. Existe uma forma correta de fazer as coisas, mas parece que as autoridades públicas se esqueceram disso.
Tivemos a Copa do Mundo e ainda teremos as eleições e mais alguns meses de agonia de um governo que não sabe para onde vai e que talvez esteja contando os minutos para que essa agonia acabe. Nós, brasileiros, também.
Advogado
 
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