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Opinião

- Publicada em 03 de Agosto de 2018 às 01:00

Acidente de trabalho: (in)evitável

Em 27 de julho passado, celebramos o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. A data se justifica para um alerta: contabilizamos mais de 800 mil acidentes de trabalho por ano no Brasil - quase 60 mil só no Rio Grande do Sul - de acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho. Os números frios escondem, contudo, o enorme custo social em termos de produtividade e, sobretudo, sofrimento para todos os envolvidos, particularmente, para o trabalhador e seus familiares. É triste constatar tais níveis pandêmicos de acidentes de trabalho e banalizá-los, a ponto de relacioná-los a uma "fatalidade", restando apenas aceitá-los com resignação.
Em 27 de julho passado, celebramos o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. A data se justifica para um alerta: contabilizamos mais de 800 mil acidentes de trabalho por ano no Brasil - quase 60 mil só no Rio Grande do Sul - de acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho. Os números frios escondem, contudo, o enorme custo social em termos de produtividade e, sobretudo, sofrimento para todos os envolvidos, particularmente, para o trabalhador e seus familiares. É triste constatar tais níveis pandêmicos de acidentes de trabalho e banalizá-los, a ponto de relacioná-los a uma "fatalidade", restando apenas aceitá-los com resignação.
O acidente de trabalho é um fenômeno complexo. O seu controle requer uma legislação clara, fiscalização rigorosa, gestão adequada, educação permanente dos trabalhadores e, especialmente, a compreensão de que o trabalho jamais deve ser fonte de dor, de adoecimento ou de risco à integridade física. Por isso, não pode haver espaço para o acaso. Aprendemos com os desastres aéreos que os aviões não caem só por um erro, mas em função de uma sequência deles e da falta de sistemas de controle que os identifiquem a tempo. O British Medical Journal, por exemplo, baniu há muitos anos o termo acidente de suas publicações, justamente por transmitir a ideia errônea de que sejam inevitáveis.
Mudanças assim representam verdadeiras revoluções culturais. Observamos que nos locais onde se empreendem esforços para enfrentar o problema os resultados são animadores. O caminho é sempre o mesmo: agir para um trabalho de sensibilização, usar ferramentas de monitoramento e treinamento contínuo das lideranças e dos trabalhadores para a prevenção. Com o intuito de melhorar esse cenário e, quem sabe, mudar a cultura do inevitável, o HCPA realizou, no dia 27 de julho, o I Simpósio de Saúde Ocupacional.
Chefe do Serviço de Medicina Ocupacional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
 
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