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Opinião

- Publicada em 31 de Julho de 2018 às 01:00

Crise aumenta demais o trabalho informal no País

Pesquisas apontam que, a cada dia, aumenta o número de brasileiros que fazem serviços extras, os populares "bicos", para completar o orçamento doméstico, quando os vencimentos - se servidores públicos - ou salários não cobrem todas as despesas.
Pesquisas apontam que, a cada dia, aumenta o número de brasileiros que fazem serviços extras, os populares "bicos", para completar o orçamento doméstico, quando os vencimentos - se servidores públicos - ou salários não cobrem todas as despesas.
Milhões estão inadimplentes, entraram no saldo negativo bancário, às vezes, sem ter mais como sair, pelos altos juros praticados pelos bancos. Realmente, como a maioria dos salários e vencimentos não teve reajuste, a situação ficou difícil até mesmo para a classe média alta. Sabe-se que há muitos pais e avós que ainda têm dinheiro certo ao final de cada mês, ainda que parcelado, que estão sustentando filhos até mesmo casados e com filhos. Aí também entram na ajuda os avós aposentados que recebem pensão ou aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Além disso, nos seis primeiros meses de 2018, aumentou a parcela de brasileiros que precisou vender algum bem para conseguir dinheiro. Mesmo assim, cresceu a fatia dos que ficaram inadimplentes. Segundo a Serasa Experian, havia, em junho, 61,8 milhões de consumidores inadimplentes no País.
Buscar bicos e cortar gastos, esses dois movimentos juntos mostram que o quadro para as finanças pessoais piorou.
Mesmo que a taxa básica de juros seja a menor em anos, ela não chegou para o consumidor na mesma proporção. A inflação também está bem-comportada. No entanto, as pessoas reclamam dos preços, pois tiveram queda na renda em razão do desemprego elevado que persiste. Claro, tudo é resultado da economia muito fraca, que não está conseguindo reativar os empregos. A reação existe em alguns setores, mas, no geral, há quase sempre mais dispensas do que vagas preenchidas. Principalmente com carteira assinada. É um problema social que estressa famílias inteiras, as quais, há três ou quatro anos, tinham um bom padrão de vida. No entanto, quase paradoxalmente, os brasileiros gastaram
US$ 9,573 bilhões em viagens ao exterior no primeiro semestre deste ano, segundo o Banco Central. O maior valor para o primeiro semestre desde 2015 - quando totalizaram US$ 9,939 bilhões.
A boa notícia é que o déficit primário do setor público consolidado, de R$ 13,491 bilhões em junho, foi o melhor resultado para o mês desde 2016, devido ao aumento da arrecadação e à redução de gastos no mês passado.
Mas a alta do dólar nos últimos meses também segurou o crescimento dos gastos no exterior. Agora, tornou-se negativa em junho, quando passou a cair. Nos primeiros quatro ou cinco meses de 2018, houve crescimento, e o efeito da desvalorização cambial afeta as despesas ao tornar as viagens mais caras, evidentemente.
Porém, a retomada, mesmo que tênue e apenas em segmentos da economia, acabou diminuindo em junho e ainda não retomou o passo de crescimento do primeiro semestre de 2018. Por isso, há que ser feito esforço em todos os setores da administração pública para diminuir os gastos e ampliar investimentos que geram empregos, renda e impostos. Atrair novas plantas de negócios é fundamental.
Os Estados Unidos da América (EUA), graças às ações comerciais do presidente Donald Trump, relataram crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB), e menos desemprego. É isso o que queremos também aqui. Um processo que deve ser acelerado e antes das eleições. É disso que o Brasil precisa, empregos. Basta de bicos para complementar ou mesmo para que a classe média baixa, média ou alta tenha alguma renda para se sustentar. Essa deve ser a pauta dos presidenciáveis, a retomada econômica.
 
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