Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 25 de Julho de 2018 às 01:00

Eleição para senador

A disputa senatorial, embora revestida de inequívoca importância, na maioria das vezes fica relegada a um plano secundário. Esse fenômeno atualmente tem causas concretas e é de fácil percepção. Afinal, ainda que alguns insistam na retórica bolorenta de que o senador representa a unidade estadual e não o povo, isso é uma questão que nem os próprios mandatários levam em conta. Eles também são intérpretes da vontade popular.
A disputa senatorial, embora revestida de inequívoca importância, na maioria das vezes fica relegada a um plano secundário. Esse fenômeno atualmente tem causas concretas e é de fácil percepção. Afinal, ainda que alguns insistam na retórica bolorenta de que o senador representa a unidade estadual e não o povo, isso é uma questão que nem os próprios mandatários levam em conta. Eles também são intérpretes da vontade popular.
De fato, não obstante o Senado brasileiro ser considerado por estudiosos e analistas, inclusive internacionais, um dos mais poderosos dentre as democracias contemporâneas, o seu rendimento ultimamente tem deixado a desejar. Outro componente a depreciá-lo está nos mandatos de quase uma década, os quais ficam petrificados e distanciam os senadores da população. Some-se a isso o histórico atribulado das últimas legislaturas com votações contrariando os interesses mais legítimos da sociedade e o resultado não poderia ser outro: a Câmara Alta vive um desgaste titânico.
Relativamente à ótica eleitoral, a situação não difere muito da institucional. De início, porque as campanhas senatoriais quase sempre ficam espremidas entre as escolhas para deputados, governador e presidente. Depois, que os debates de rádio e TV em torno das cadeiras a preencher raramente desfrutam da mesma audiência daqueles que são proporcionados aos candidatos que rivalizam pelo executivo estadual ou Palácio do Planalto. Por fim, verdade seja dita: a maioria da população desconhece as atribuições dos senadores, mesmo as mais elementares.
Indiscutivelmente, é momento de valorizar os dois votos para senador em 2018. No Rio Grande do Sul, diante dos nomes anunciados, a maioria deles bem conhecida dos eleitores, a disputa reúne ingredientes para ser uma das mais intensas e, espera-se, qualificadas. É essencial avaliar quem pretende apresentar projetos, votar Impeachments, sabatinar candidatos aos tribunais superiores, arguir o presidente do Banco Central e outras. Em suma, dois meses de atenção ou omissão definem oito anos de mandato.
Advogado e professor de Direito Eleitoral
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO