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Opinião

- Publicada em 12 de Julho de 2018 às 01:00

O combate ao machismo é meta a ser alcançada

Nos últimos anos, movimentos em favor de maior rigorismo contra atitudes machistas têm sido a tônica em diversas cidades do Brasil, onde Porto Alegre tem despontado. No caso do Rio Grande do Sul, temos ainda uma espécie de herança cultural, por meio de usos e costumes típicos da região, em que ser machista, no bom sentido da palavra, é atitude até mesmo elogiada. Talvez um engano, mas está em nossa cultura.
Nos últimos anos, movimentos em favor de maior rigorismo contra atitudes machistas têm sido a tônica em diversas cidades do Brasil, onde Porto Alegre tem despontado. No caso do Rio Grande do Sul, temos ainda uma espécie de herança cultural, por meio de usos e costumes típicos da região, em que ser machista, no bom sentido da palavra, é atitude até mesmo elogiada. Talvez um engano, mas está em nossa cultura.
Sendo assim, não surpreende quando vemos atitudes reprovadas em outras partes e países, e que, aqui, passam quase despercebidas. Por isso o Brasil necessita crescer no que se refere ao aspecto ético de sua população, principalmente entre os jovens, que são o futuro da nação, sempre. A mentalidade, muitas vezes retrógrada, do passado se faz presente hoje.
É preconceito contra os pensamentos, contra os costumes, contra mulheres, contra etnias, religiões, contra qualquer coisa. Talvez haja mesmo até preconceito contra a educação. Mesmo que se saiba que é justamente por meio da educação geral, ampla e bem cuidada que teremos um País melhor em poucos anos.
Sendo assim, um país como o Brasil não pode multiplicar uma matriz ideológica da baixa Idade Média. Acredita-se que sempre tem alguém que se beneficia de todo este atraso cultural para fazer do povo massa de manobra. A prova está em pesquisa feita entre alunos daquela que é considerada uma das melhores, senão a melhor universidade brasileira, a Universidade de São Paulo (USP).
Na pesquisa, com 13.377 alunos, ficou demonstrado que até mesmo mais da metade dos estudantes da USP julga que a Universidade de São Paulo não só é machista, como elitista e racista. Mesmo sendo a USP uma instituição pública e gratuita, a percepção entre o alunato não é das melhores.
Para a maioria dos entrevistados, essas credenciais deveriam fazer com que seu ambiente proporcionasse oportunidades iguais e liberdade de opinião e criação. Para os estudantes, na prática, isso não ocorre. Eles acreditam que o espaço da USP reflete as opressões e violências existentes na sociedade.
Para muitas universitárias que responderam à pesquisa, os dados revelados são chocantes. As universidades são conhecidas por serem espaços de discussão, livre pensamento e liberdade de expressão, ou seja, o ambiente acadêmico deveria ser um local sem constrangimentos moralistas. Entretanto, quase metade afirmou já ter deixado de fazer algo por temer julgamento moral ou político.
O fato é que não se pode negar que ainda há uma boa dose da cultura machista enraizada na mente de milhões de pessoas. Seja nas relações pessoais, coletivas, no trabalho e na vida familiar.
Não é de agora e, por isso mesmo, não é fácil mudar toda uma filosofia de vida em que muitos julgam que cabe ao homem uma supremacia às vezes não apenas errada como eivada de grosserias contra as mulheres. Por isso, há que ser feito todo um trabalho, começando, especialmente, pela família, com a ajuda das escolas.
Mesmo não se negando certos instintos e maneiras de enxergar tarefas, assuntos e maneiras de vida que diferenciam, naturalmente, homens e mulheres, isso não pode chegar à segregação machista.
Homens e mulheres se completam desde o início dos tempos; e a convivência, a boa educação, a complementariedade e a formação de famílias foram a base da organização humana. E elas, as famílias, ainda são a base da sociedade.
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