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Opinião

- Publicada em 06 de Julho de 2018 às 01:00

Boeing e Embraer decolam em busca de mercados

Após meses de negociações, reuniões, avanços e recuos, as fabricantes de aviões Boeing e Embraer anunciaram a assinatura de acordo para formar uma joint venture, ou seja, uma nova empresa, que dividirá lucros e eventuais prejuízos na área de aviação comercial. A fabricante norte-americana de aeronaves deterá 80% do novo negócio e a Embraer, os 20% restantes.
Após meses de negociações, reuniões, avanços e recuos, as fabricantes de aviões Boeing e Embraer anunciaram a assinatura de acordo para formar uma joint venture, ou seja, uma nova empresa, que dividirá lucros e eventuais prejuízos na área de aviação comercial. A fabricante norte-americana de aeronaves deterá 80% do novo negócio e a Embraer, os 20% restantes.
Pelo que foi acordado, haverá a formação de uma joint venture que contempla os negócios e serviços de aviação comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da Boeing.
Consumada a transação, a joint venture na aviação comercial será liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil, incluindo um presidente e CEO. A Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa.
A Empresa Brasileira de Aeronáutica foi fundada em 1969, por oficiais do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). A Embraer foi privatizada em 1994. Agora, o governo federal participou das negociações.
A União tem a ação chamada de golden share, que dá ao Brasil poder de veto sempre que julgar que algum negócio possa prejudicar a segurança ou os interesses não apenas da fabricante como, e principalmente, do próprio País.
Como, antes, a europeia Airbus e a canadense Bombardier se uniram com quase o mesmo propósito, ampliar e abastecer o mercado de jatos de médio porte, a Boeing mirou seu interesse na Embraer, hoje a quarta maior empresa de aviões do mundo. O mercado da China, em grande expansão, é um dos motivos para o acordo celebrado. Alguns mais apressados julgaram que estava sendo vendida a Embraer, que ainda seria uma empresa estatal da União, o que não era verdade. Por isso, o governo brasileiro decidiu que não deve interferir no que considera uma etapa puramente empresarial.
O governo brasileiro não pretende - nem vai - liberar a união com a Boeing do setor estratégico militar da Embraer, que fabrica os mais do que requisitados aviões Super Tucano, um caça turboélice de ataque ao solo. Inclusive, a aeronave já está sendo testada pela Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês).
Da mesma forma, a aviação executiva, onde a Embraer também tem sucesso, não será envolvida com a Boeing. O interesse da Boeing é reforçar, com a aquisição, sua atuação na aviação comercial de médio porte, segmento no qual a Embraer figura entre as três maiores fabricantes mundiais. O acordo, que envolve, por exemplo, a produção de aviões de 150 a 180 poltronas, está em negociação desde o ano passado, quando a Airbus surpreendeu o mercado global ao anunciar a compra de 50,1% do programa de jatos comerciais da Bombardier. Mais adiante, há boas chances de comercialização do cargueiro KC-390, da Embraer.
Concretizado o acordo com a Boeing, a marca Embraer nos jatos comerciais deixará de existir, permanecendo apenas nas aeronaves produzidas pela Embraer Defesa, como o KC-390 e o Super Tucano. A proposta de associação prevê que a Embraer Defesa detenha participação minoritária na receita da nova empresa, criada a partir da junção da Embraer com a Boeing. Espera-se que seja um bom negócio.
 
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