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Opinião

- Publicada em 02 de Julho de 2018 às 01:00

A forte segregação europeia contra os imigrantes

Fica mesmo difícil entender a xenofobia dos europeus com relação aos imigrantes que buscam no Velho Mundo fugir das guerras, da falta de oportunidades e da segregação étnica interna que existe em diversos países do Oriente Médio e da África. Isso porque muitos, provavelmente a maioria, dos que buscam uma nova vida na União Europeia são oriundos de ex-colônias da França, do Reino Unido, da Bélgica, entre outros antigos colonizadores.
Fica mesmo difícil entender a xenofobia dos europeus com relação aos imigrantes que buscam no Velho Mundo fugir das guerras, da falta de oportunidades e da segregação étnica interna que existe em diversos países do Oriente Médio e da África. Isso porque muitos, provavelmente a maioria, dos que buscam uma nova vida na União Europeia são oriundos de ex-colônias da França, do Reino Unido, da Bélgica, entre outros antigos colonizadores.
Egito, Índia, Tunísia, Argélia, Líbia - país de onde parte a maioria dos imigrantes ruma à Europa - e África do Sul são exemplos mais do que acabados da política invasora e colonialista que sofreram em séculos passados, eis que ocupados pelos senhores da guerra vindos da Europa.
E também Portugal, incrivelmente, não está gostando muito da presença exagerada, segundo eles, de brasileiros. Querem repatriar cerca de mil dos nossos. E turistas nossos têm reclamado da grosseria no tratamento recebido em restaurantes em cidades portuguesas. Mas, às voltas com seus próprios dilemas políticos, desemprego e economia com baixo ou nenhum crescimento, europeus barram os refugiados que atravessam o Mediterrâneo com mulheres e crianças em barcos sem segurança para chegar naquele que julgam ser um novo mundo de oportunidades.
Agora, líderes da União Europeia (UE) concordaram em receber, de maneira voluntária, os refugiados que chegarem ao bloco, mas em centros controlados dentro da UE para processar solicitações de asilo, separando refugiados e imigrantes econômicos.
O Reino Unido já saiu da União Europeia com o seu hoje popular termo Brexit. Mas há outros falando o mesmo - cita-se a França -, em meio aos problemas estruturais, sociais, econômicos e, também, no desacerto sobre a política imigratória que valeria para todos, Alemanha e Itália à frente da discussão.
Quando partidos direitistas têm vencido as eleições na União Europeia, notam-se mais fortes manifestações xenófobas de barrar a imigração e até acabar com a União Europeia, um exagero total e descabido.
Na comparação e malgrado alguns problemas que não resolvemos ainda, como a discriminação racional, pode-se fazer uma reflexão sobre o quanto o Brasil ganhou com a imigração. Também com a miscigenação dos portugueses com negros e índios.
Não há - ou não deveria haver - predominância preconceituosa. No início do século XIX, milhares de imigrantes italianos desembarcaram em Santos para trabalhar nas plantações de café e posteriormente na indústria. São Paulo foi o destino de muitos outros grupos de imigrantes, como japoneses, espanhóis, chineses, bolivianos, árabes e, mais recentemente, africanos. No Sul do Brasil, alemães chegaram em 1824 e marcam presença até hoje no Rio Grande do Sul.
Pois, agora, enquanto os europeus hostilizam os imigrantes, o Brasil está com levas de venezuelanos, que fogem da crise no país. Claro que temos problemas para abrigar, alimentar e encaminhar essas pessoas. Usando dos parcos recursos públicos que temos disponíveis, muitos são transportados, de maneira organizada e via aérea, para São Paulo. Outros estados também estão recebendo imigrantes.
Porém, vendo-se os conflitos raciais atuais do mundo, comprovamos que a miscigenação portuguesa no início da colonização nos legou um País mais tolerante do que outros da Europa. Essa é uma boa herança étnica e cultural, certamente.
 
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