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Opinião

- Publicada em 26 de Junho de 2018 às 01:00

Como (re)pensar a logística de transporte

Toda ameaça carrega uma oportunidade. Oportuno (re)pensar a (falta) infraestrutura logística no País. Nos anos 1950, governo redirecionou matriz de transporte para o rodoviário, argumentando menores investimentos na construção e maior flexibilidade do modal. Desinvestiu nas ferrovias. Temos extrema dependência do rodoviário, beira 60%, mas de fato, não temos uma matriz rodoviária, já que da malha de 1,9 milhão de quilômetros, apenas 12% são pavimentados. Indispensável readequar política tributária que pune severamente o setor de transporte, motor da produtividade. O buraco logístico é abissal e, mesmo com vontade política, levará gerações para modernização. Índice de desempenho logístico do Banco Mundial - mede 160 países - nos coloca na incomoda posição 55º, ao lado de Uganda.
Toda ameaça carrega uma oportunidade. Oportuno (re)pensar a (falta) infraestrutura logística no País. Nos anos 1950, governo redirecionou matriz de transporte para o rodoviário, argumentando menores investimentos na construção e maior flexibilidade do modal. Desinvestiu nas ferrovias. Temos extrema dependência do rodoviário, beira 60%, mas de fato, não temos uma matriz rodoviária, já que da malha de 1,9 milhão de quilômetros, apenas 12% são pavimentados. Indispensável readequar política tributária que pune severamente o setor de transporte, motor da produtividade. O buraco logístico é abissal e, mesmo com vontade política, levará gerações para modernização. Índice de desempenho logístico do Banco Mundial - mede 160 países - nos coloca na incomoda posição 55º, ao lado de Uganda.
É urgente, além de reduzir impostos, reduzir a enorme burocracia nos processos logísticos e criar clima propício ao investimento privado. Se reduz dependência do rodoviário com intermodalidade. Terrestre, vital pela flexibilidade nas "pontas", já que é econômico até 500 km. Mais aéreo, hoje só utilizado para cargas com valor agregado. Com melhor gestão, mais cargueiros, aeroportos próximos das indústrias, possuem mais rotas e menores custos de transporte para embarque, armazenagem e furtos e extravios reduzidos. Ganhos de capital pelo giro mais rápido. No marítimo transoceânico, menos burocracia. Na cabotagem, maiores investimentos e equiparação dos custos do combustível ao de longo curso. Ferrovias custam sete vezes mais do que rodovias, mas pagam-se no longo prazo. Cruciais investimentos em hidrovias, com sinalização de rios e construção de eclusas e terminais hidroviários.
Enfim, priorização da logística de transporte, com mais concessões, ambiente propício para investimentos e foco na intermodalidade, mais competitividade e prosperidade para todos.
Professor da Unisinos e consultor empresarial
 
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