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Opinião

- Publicada em 13 de Junho de 2018 às 01:00

Privatização da CEEE: uma questão moral

A rejeição na Assembleia Legislativa de uma proposta que visava encurtar o tempo para a convocação de um plebiscito sobre a privatização de estatais coloca ainda mais em evidência a questão que marcará o debate nestas eleições: o tamanho do Estado que suportamos pagar. Aqui, discorro sobre a privatização da CEEE.
A rejeição na Assembleia Legislativa de uma proposta que visava encurtar o tempo para a convocação de um plebiscito sobre a privatização de estatais coloca ainda mais em evidência a questão que marcará o debate nestas eleições: o tamanho do Estado que suportamos pagar. Aqui, discorro sobre a privatização da CEEE.
A companhia amargou prejuízos de R$ 1,12 bilhão nos últimos três anos e, para manter a concessão, terá que investir R$ 2,6 bi até 2020. Não é novidade que a CEEE presta um péssimo serviço em sua área de 72 municípios, com 4,8 milhões de clientes. Ela é a 29ª de um ranking com as 33 maiores empresas do setor. A CEEE-D é o braço de distribuição de energia do Grupo CEEE, que tem ainda uma empresa de geração e transmissão (a CEEE-GT). No último balanço, o grupo apresentou uma dívida líquida de R$ 583,4 milhões.
Todo esse rombo é pago com o dinheiro dos nossos impostos, e é um atentado com sérias implicações ao futuro do Estado ter que retirar dinheiro de áreas como saúde, segurança e educação para cobrir a conta da ineficiência das estatais. É imperativo privatizar empresas como a CEEE. Só assim, teremos uma melhor prestação de serviços. Pois não se enganem: uma "boa gestão" estatal não resolveria o problema.
Mesmo quando administrado por homens honestos, a máquina geradora da ineficiência continuaria lá: é o próprio Estado, que, ao manter companhias sob seu controle, opta por atender a interesses de grupos de pressão em detrimento de toda a população. Além de atrapalhar o livre mercado, o governo como gestor de empresas desvia sua atenção de onde ela deveria estar. Com um déficit de
R$ 6,9 bi no caixa para 2018, já passou da hora de o Rio Grande do Sul rever suas prioridades.
A população tem papel fundamental na correção de rumos. Ou modernizamos a gestão pública, para garantir a prestação de serviços em áreas fundamentais, ou continuamos a pagar a conta.
Ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura de Lajeado/RS
 
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