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Opinião

- Publicada em 07 de Junho de 2018 às 23:45

Uma decisão equivocada e antidemocrática

Mais uma vez, os nossos deputados estaduais tomaram uma decisão majoritariamente equivocada e antidemocrática. O projeto do plebiscito para a privatização das estatais CEEE, CRM e Sulgás era primordial para facilitar o caminho do Estado na adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A venda dessas instituições públicas deveria, sim, ser questionada nas eleições de outubro, pois, até lá, são quatro meses para apresentar a situação financeira dessas companhias. E negar que a sociedade seja consultada sobre o futuro de serviços que ela mesma usufrui é um atentado ao nosso sistema.
Mais uma vez, os nossos deputados estaduais tomaram uma decisão majoritariamente equivocada e antidemocrática. O projeto do plebiscito para a privatização das estatais CEEE, CRM e Sulgás era primordial para facilitar o caminho do Estado na adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A venda dessas instituições públicas deveria, sim, ser questionada nas eleições de outubro, pois, até lá, são quatro meses para apresentar a situação financeira dessas companhias. E negar que a sociedade seja consultada sobre o futuro de serviços que ela mesma usufrui é um atentado ao nosso sistema.
Em pior situação, a CEEE está atolada em dívidas de todas as ordens, principalmente causas trabalhistas e de falhas no serviço. Ora, mesmo que a maioria dos gaúchos optasse por manter as três estatais, o resultado seria justo, simplesmente porque o povo decidiu que assim seria. Agora, tomar uma decisão baseada única e exclusivamente em ideologias ou interesses individuais é afundar ainda mais um Estado que há tempos respira por aparelhos. Novamente, o cenário eleitoral se sobrepôs ao interesse público, com partidos antes aliados agora se unindo à oposição unicamente visando ao pleito deste ano. Essa visão corporativista é o cerne das mazelas brasileiras, pois não planeja o futuro através do presente, apenas adéqua o presente para seus conceitos individuais e egocêntricos. As instituições que deveriam representar os cidadãos são fábricas de disputas pela ascensão ao poder, e pouco ou nada fazem de verdade para modificar essa cultura atrasada de desenvolvimento.
Temos o dever de discutir as finanças e a recuperação gradual da nossa economia, mesmo que a tarefa pareça muito difícil. Que o impacto da decisão de ontem não atinja níveis preocupantes no futuro, e não precisemos decretar uma falência do Estado.
Presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região
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