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Empreendedorismo com criatividade e mais liberdade no RS

Frederico Hilzendeger
Presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)

O Rio Grande do Sul enfrenta um momento difícil, especialmente no que diz respeito às contas públicas e ao ambiente econômico. Não obstante esse cenário, o espírito empreendedor dos gaúchos pode ser capaz de mostrar-se superior e conduzir-nos a um ambiente melhor, desde que haja liberdade.
A cultura empreendedora mostra-se como a principal responsável pelo desenvolvimento, permitindo aos empresários que assumam o risco e o desafio de empreender, gerar riquezas e, assim, um ambiente melhor para todos. Tais obstáculos decorrem do excessivo tamanho do Estado, que impõe barreiras burocráticas e uma pesada carga tributária capaz de desanimar os mais entusiasmados. A superação desses desafios carece de persistência e muita criatividade, a fim de permitir o aproveitamento das lacunas do mercado com produtos e serviços inovadores, que tem um oceano azul de oportunidades, capazes de motivar a transposição do que vier pela frente.
Quem diria que um jovem que começou na cozinha de casa viria a ser o responsável por uma das principais empresas esportivas do mundo? Ou que a garagem da casa dos pais daria origem a gigantes da tecnologia? Exemplos como o de Adi Dassler, Bill Gates e Steve Jobs podem parecer distantes, mas os quintais dos gaúchos também têm exemplos elogiáveis. Uma rádio online com listas de música para diferentes perfis, um sapato customizado totalmente diferente e uma escola de atividades criativas são apenas alguns exemplos de ideias que deram certo, todas de empreendedores do Estado.
Peter Thiel, cofundador do PayPal, refere, em sua obra "De zero a um", que os empreendedores de sucesso são não aqueles que partem de algo já existente (do "um"), mas os que conseguem criar algo efetivamente inovador, como se partissem do "zero". Ou seja, os grandes nomes do futuro serão aqueles que forem realmente criativos.
Essa criatividade precisa de espaço para permitir que se consiga partir do zero, proporcionando a construção de um ambiente muito mais próspero. É necessário motivar a liberdade de empreender, reduzindo a intervenção do Estado, que não deve ser o principal sócio das empresas. Deve-se deixar espaço para a livre iniciativa para que os verdadeiros criadores de riqueza sejam livres para fazer o que fazem de melhor e, assim, revertam o momento que os gaúchos enfrentam hoje.