Assim como há sete meses, a prefeitura de Estrela conseguiu uma decisão favorável da Justiça sobre uma ação movida contra a RGE Sul Distribuidora de Energia S.A, em razão da falta de fornecimento energético em localidades e propriedades do município, em especial do interior. A juíza Caren Letícia Castro Pereira determinou que a concessionária tem prazo máximo de 24 horas (a partir desta decisão) para retomar o fornecimento de energia, sob pena de multa diária de R$ 15 mil. Equipes de fiscalização do município já estão percorrendo as localidades para acompanhar o atendimento da decisão judicial e confirmar o retorno da energia elétrica.
Em junho de 2021, através da Procuradoria Municipal, Estrela também acionou a justiça, e na ocasião teve seu pedido igualmente acatado. À época, os procuradores ainda notificaram a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regula os serviços em todo o País, para que acompanhasse o caso. No início de janeiro, o município voltou a notificar a companhia, quando voltou a ser alvo de reclamações por parte de moradores, insatisfeitos com os recorrentes problemas na prestação dos serviços, entre eles o fornecimento de energia elétrica e a falta de manutenção da rede. Na ocasião, a energia foi restabelecida, mas os recorrentes problemas voltaram a se repetir nos últimos dias, principalmente após algumas intempéries climáticas, o que levou a procuradoria a acionar novamente a justiça.
Na nova ação, o Poder Executivo de Estrela ressalta mais uma vez sua insatisfação com os serviços prestados no município, sendo recorrente a falta de energia elétrica, em especial em comunidades do interior da cidade, geralmente após momentos de chuvas mais fortes e ventos. O município alega que muitas redes elétricas existentes na zona rural ainda encontram-se em situação precária, o que tem trazido muitos prejuízos, em especial para agricultores, e assim para a economia estrelense.
Os postes que hoje realizam a sustentação da rede elétrica ainda são de madeira, ficando expostos à ação do tempo, apresentando putrefação da madeira por agentes biológicos e rachaduras, e sendo que muitos também encontram-se em posição de sustentação passível de queda em razão das chuvas e ventos. Alega que, mesmo diante da visível condição precária, muitos só são substituídos após a consumação da queda.
Em nota, a RGE afirmou que a região do Vale do Taquari vem sendo atingida por fortes temporais desde o final de dezembr, com danos significativos na rede elétrica. Esses danos são causados, principalmente, por galhos e árvores. Segundo a concessionária uma região com densa vegetação, inclusive árvores de grande porte muito próximas de fios e outros equipamentos. A empresa também pede, com frequência, para que a população evite o plantio de árvores nas proximidades da rede.