Diante dos elevados números de contaminação pela variante Ômicron, que ultrapassam os 50% do total de testes realizados em Caxias do Sul, a prefeitura, Legislativo e entidades representativas de trabalhadores e empresários e do segmento comunitário unirão esforços em torno de uma massiva campanha de sensibilização da população, para a imunização contra o coronavírus. A defesa de uma campanha foi feita durante a segunda reunião do Gabinete de Crise, realizada nesta semana.
O primeiro a se manifestar foi o prefeito Adiló Didomenico ao alertar para o desserviço que uma parcela mínima da comunidade está fazendo ao posicionar-se contra a vacina e o uso obrigatório de máscaras. "Não há problema em criticar a prefeitura, mas nem população e economia suportam um novo período de fechamento. Defendemos a prevenção e o respeito aos protocolos sanitários como a melhor forma de combater a circulação do vírus", assinalou.
Para a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Silvana Pirolli, é preciso que a comunidade reconheça o momento difícil e colabore com comportamento preventivo. Também comentou a situação dos trabalhadores da saúde que estão adoecendo com estes dois anos de atuação ininterrupta de combate à pandemia. "Se os servidores não tiverem condições de trabalhar, não conseguiremos a vacinação", apontou.
Para ela, uma campanha massiva em redes sociais também é fundamental para esclarecer a população sobre os prazos de isolamento. "Existe muita confusão causada pelo Ministério da Saúde", criticou. Ainda fez referência à vacina das crianças, que teve início nesta quarta-feira (19). "É essencial que estejam vacinadas antes do início do ano escolar", avaliou.
De acordo com dados da secretaria estadual da Saúde, Caxias do Sul tem 71,3% da população com, ao menos, uma dose da vacina. Com duas doses, o percentual é de 63,6%, número de imunizados inferior ao recomendado por órgãos de saúde, de 70%.