O exponencial crescimento do número de contaminados pela variante ômicron, quase 1,7 mil casos nos primeiros 10 dias do ano, motivou o chamamento pela Prefeitura de Caxias do Sul de uma reunião com lideranças comunitárias, de trabalhadores, empresariais e políticas. O objetivo foi o de avaliar medidas para conter o novo da covid-19 para evitar o comprometimento das atividades econômicas e sociais.
O prefeito Adiló Didomenico entende que a maior parte dos novos casos, não apenas em Caxias do Sul, mas em todo o país, tem como principal causa o afrouxamento das condutas de prevenção por parte da população nas festas de final de ano. Mas lembrou que o setor empresarial também cedeu no cumprimento de protocolos por parte de funcionários e clientes. "Não podemos retomar o fechamento da economia. Isto seria altamente prejudicial para todos. Por isso, a necessidade de cada um em se comprometer com a prevenção", assinalou.
De forma a evitar um possível colapso no sistema de saúde, defendeu ações coletivas para conscientizar a população de que é preciso retomar o uso de máscara, a higienização com álcool em gel, manter o distanciamento e evitar aglomerações. Também enfatizou a importância da vacinação como forma preventiva, lançando a ideia de campanhas para colocar fim aos boatos sobre a ineficácia dos imunizantes. De acordo com dados da secretaria municipal da Saúde, 91 servidores estão afastados das atividades por terem contraído a doença.
Na avaliação do prefeito, mesmo que as internações clínicas e em UTIs pela Covid estejam sob controle, um colapso no sistema de saúde trará como uma das consequências o comprometimento da atividade econômica. Relatos feitos por gestores de hospitais corroboraram a preocupação do Poder Executivo. Representantes de cinco casas de saúde detalharam quadros de aumento expressivo de consultas, necessidade de reabertura de áreas específicas para atendimento de contaminados, grande número de afastamentos de servidores e falta de insumos, como testes.