Os meses de novembro e dezembro apresentaram baixa contaminação pelo coronavírus em Santo Ângelo, quando 86 casos foram registrados em novembro e apenas 49 no último mês de 2021. No entanto, a chegada de 2022 registrou um aumento de 232,6% nos casos de Covid-19 na cidade em relação às notificações positivas do mês de dezembro. Foram 114 infecções confirmadas nos primeiros seis dias de janeiro e, de acordo com a secretaria municipal de Saúde, o número tende a aumentar ainda mais nos próximos dias devido às festas de fim de ano.
De acordo com o secretário de Saúde, Flávio Christensen, com a redução dos casos nos meses de novembro e dezembro houve flexibilização dos decretos estaduais e municipais, permitindo a circulação de pessoas em ambientes antes proibidos, mas medidas básicas, como uso de máscara e higienização foram relaxadas. "As pessoas confundiram flexibilização com uma liberdade indisciplinada. É dever de cada cidadão cuidar da sua proteção e de seus familiares, evitando aglomerações, cobrando segurança. É fato notório que muitas pessoas relaxaram, voltaram a dividir o chimarrão, a lotar praias, clubes e estabelecimentos, além da aglomeração nas vias públicas no fim do ano e em balneários. O que mais se viu foram pessoas sem o uso de máscaras em uma fantasiosa ideia de que a pandemia havia terminado", disse o secretário.
Christensen ressalta que, devido à alta transmissibilidade, com 114 casos em seis dias, é "evidente" que a Ômicron já circula em Santo Ângelo. "Acreditamos já ser a variante Ômicron circulando por aqui, todavia para confirmar oficialmente aguardamos os estudos genômicos", explica. O secretário alerta que esta variante foi detectada em taxas mais rápidas do que em picos anteriores de infecção, fazendo com que ela possa ter vantagem no crescimento e, inclusive, causar mais danos que a versão original do vírus.