A prefeitura de Lajeado emitiu um alerta aos moradores do município, em razão da estiagem que atinge todo o Estado. O Executivo municipal pediu a colaboração da população para evitar o consumo desnecessário de água, para evitar o racionamento de água na cidade, especialmente na região que é atendida pelas redes de água municipal e comunitárias porque são abastecidas por poços artesianos. Apensar da chuva dos últimos dias, com o aumento do consumo nestes locais, os poços não conseguem dar a vazão necessária para o atendimento, e eventualmente poderá haver faltas pontuais de água.
O município de Lajeado é abastecido basicamente de quatro formas: pela rede da Corsan (que capta água do Rio Taquari ou de poços e distribui em sua rede de atendimento, seja de residências ou empresas), a rede municipal (que retira água de 12 poços artesianos e distribui para 3.852 pontos), as chamadas sociedades de água (que retiram a água de poços artesianos e distribuem para pontos particulares) e os poços individuais. Segundo informações repassadas pela Corsan à prefeitura na última semana de dezembro, não há, em princípio, risco imediato de falta de água na sua rede porque, em Lajeado, o nível do Taquari está normal, então a captação de água não sofreu alterações. Ainda assim, as orientações para o consumo consciente da água também são válidas para quem usa esta água, já que a situação de estiagem atinge toda a região.
Por outro lado, as redes abastecidas por poços artesianos enfrentam maiores dificuldades porque os poços, em razão do aumento do consumo de água pelas famílias, não conseguem produzir a quantidade de água necessária para atender a rede. Além disso, em regiões mais altas, o problema é ainda maior, já que a rede chega com menos pressão, prejudicando o abastecimento.
Assim, o uso de água deve ficar restrito aos fins mais relevantes, que são o uso doméstico (exceto limpeza de áreas externas), uso para higiene e para dar de beber aos animais. A água das redes não deve ser usada para piscinas, limpezas externas (pátios, carros, calçadas, etc.) ou mesmo para molhar a grama ou plantações. Neste momento, estas são apenas orientações do município, sem haver ainda decreto publicado ou punição prevista.