A cidade Garibaldi possui um dos acervos arquitetônicos mais importantes da serra gaúcha. O florescimento do comércio na rua Buarque de Macedo, responsável pelo acesso das levas de imigrantes às suas terras e uma das mais importantes vias de ligação das colônias do oeste da serra com a capital do estado, teve papel fundamental no desenvolvimento da cidade. O resultado está presente nos 35 exemplares de construções que se estendem ao longo da Buarque e ruas adjacentes e que compõem a Rota Passadas - A Arquitetura do Olhar. Em 2021, a Mansão Mazzini e a Casa Mottin, duas construções do conjunto, completam 100 anos.
A Casa Mottin foi o antigo armazém "Baratilho de Lourenço Mottin" e vendia de hortaliças até louças e produtos importados. Já a Mansão Mazzini, que fica na esquina da Rua Júlio Castilhos com a Rua Heitor Mazzini, é um dos prédios mais imponentes e famosos do Município. Idealizada pelo engenheiro e proprietário Agostinho Mazzini, com traços do renascentismo italiano, a Mansão possui uma profusão de elementos decorativos e, no alto da fachada principal, há o brasão da família Mazzini. A casa segue sendo de propriedade da família descendente.
O acervo de Garibaldi é amplo e algumas construções são ainda mais antigas, como o prédio da antiga Pharmacia Providência, datado de 1900. A sacada, com gradil de ferro, serviu de palanque para discursos de autoridades, destacando-se os de Getúlio Vargas e Borges de Medeiros. A Casa Vicente Branchi, de 1920, já foi loja de calçados, agência do Banco da Província e Cartório de Notas e Registros.
A rua Buarque de Macedo surgiu em 1879 como estrada geral, cortando matas e rios, ligando os campos de Lagoa Vermelha a Montenegro e passando pelas colônias Conde dEu (Garibaldi), Dona Isabel (Bento Gonçalves) e Alfredo Chaves (Flores da Cunha). O nome homenageia o secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Império, de 1880 a 1881, Manuel Buarque de Macedo.
Chamada de Capital Brasileira do Espumante, Garibaldi abriga também o mais antigo prédio de alvenaria da Serra Gaúcha, que sedia atualmente o Museu e Arquivo Histórico Municipal. A primeira edificação é de 1878, de madeira, ainda quando o território pertencia à Colônia Conde DEu, e abrigou a "Societa Italiana Conde D'Eu", que funcionou como a sede de acolhimento dos imigrantes italianos que chegaram à região a partir do ano de 1875. Em 1884, foi construído o primeiro pavimento em alvenaria para instalação da "Società Italiana di Mutuo Soccorso", que também abrigou o Consulado Italiano. No ano de 1892, o prédio foi reformado e o piso superior construído.
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