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INDÚSTRIA Notícia da edição impressa de 03 de Setembro de 2021.

Vale do Rio Pardo planeja a abertura de distritos industriais

Em Venâncio Aires, área com 83 hectares deve ter as primeiras empresas instaladas no início de 2022

Em Venâncio Aires, área com 83 hectares deve ter as primeiras empresas instaladas no início de 2022


/PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES/DIVULGAÇÃO/CIDADES
O Vale do Rio Pardo é conhecido pela forte atuação da indústria fumageira. Com a ajuda dos municípios da região, o estado é, atualmente, o maior produtor de fumo em folha do Brasil, e o retorno em impostos da comercialização do produto alavanca as pequenas e médias empresas instaladas. Com a necessidade de suprir e viabilizar a diversificação de negócios, dois dos principais municípios do Vale, Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul, preparam a criação de novos distritos industriais para os próximos anos, enquanto cidades, como Porto Alegre, perdem protagonismo no setor.
O Vale do Rio Pardo é conhecido pela forte atuação da indústria fumageira. Com a ajuda dos municípios da região, o estado é, atualmente, o maior produtor de fumo em folha do Brasil, e o retorno em impostos da comercialização do produto alavanca as pequenas e médias empresas instaladas. Com a necessidade de suprir e viabilizar a diversificação de negócios, dois dos principais municípios do Vale, Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul, preparam a criação de novos distritos industriais para os próximos anos, enquanto cidades, como Porto Alegre, perdem protagonismo no setor.
Em Venâncio, a prefeitura conseguiu junto ao governo do Estado o repasse de uma área de 83 hectares situada onde ficava antigamente o Instituto Penal Mariante, junto à RSC-287, rodovia que nesta semana foi concedida ao grupo Sacyr, responsável pela duplicação e manutenção nos próximos 30 anos do trecho entre Tabaí e Santa Maria. O município iniciou o processo de licenciamento ambiental da área, e para evitar que haja maior burocracia, decidiu licitar apenas 20 hectares da área - acima disso, precisaria mandar o projeto para a Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam). A estratégia é conseguir a liberação através da legislação municipal e, conforme a demanda, abrir mais áreas no futuro dessa mesma maneira.
Uma empresa fez o levantamento topográfico da área e a divisão dos lotes dessa primeira fase do novo distrito industrial de Estância Novo. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Venâncio Aires, Nelsoir Battisti, revelou que apenas um investimento, do ramo de fertilizantes - que abastece a indústria do tabaco - vai ocupar 10 dos 20 hectares previstos. Outro negócio já confirmado é de um centro de distribuição de um frigorífico local, que irá se mudar para ficar mais próximo da rodovia. "Pela troca do atual local para o distrito, eles irão ganhar R$ 0,04 por quilo. Pode parecer pouco, mas é uma diferença a favor do empresário e do município", disse.
A ideia, segundo ele, é terminar toda a parte de infraestrutura - abertura de ruas, instalação de luz e água, por exemplo - até março ou abril do ano que vem. Para essa fase, o município vai investir cerca de R$ 1,5 milhão. A estimativa para viabilizar todos os 83 hectares é de 10 milhões. "Não temos esse valor em caixa, então faremos de acordo com a perspectiva da chegada de empresas à cidade", explica Nelsoir.
Além do novo distrito, a prefeitura está concluindo a aquisição de uma área de 4,7 hectares junto ao atual distrito industrial da cidade para expansão. A expectativa é de oportunizar a abertura de 15 lotes no espaço. Como a parte de infraestrutura já está instalada, a chegada das empresas será mais rápida, conta o secretário. Ele afirma que há uma demanda de empresa por áreas para galpões e depósitos para área de 2,5 mil metros quadrados, cuja instalação ocorrerá nesse espaço.
Nelsoir Battisti conta que a ideia, com o processo de industrialização aquecido em Venâncio Aires, é trazer mais empregos ao município. Para isso, a instalação das empresas nos lotes industriais foi facilitado, com redução de exigência para a abertura de empresas. O município cede a área, mediante uma carta de intenções com metas estabelecidas pelos próprios empresários.
Alguns dos parâmetros são geração de vagas de trabalho e previsão de retorno de impostos ao município. Se aprovada, a instalação deve ocorrer após dois anos, e no primeiro após o início das atividades as metas devem ser obedecidas. Além disso, é exigida a permanência por 10 anos no espaço. "Para nós, o melhor assistencialismo é a geração de emprego e renda. Estamos plantando agora para colher no futuro", afirmou o secretário.

Em Santa Cruz do Sul, prefeitura faz o levantamento em regiões que podem somar até 62 hectares

Terreno atrás do autódromo havia sido cedido para movimento de pequenos agricultores

Terreno atrás do autódromo havia sido cedido para movimento de pequenos agricultores


Luiz Fernando Bertuol/DIVULGAÇÃO/CIDADES
O município de Santa Cruz do Sul também vai contar com a criação de dois novos espaços industriais. Em uma delas, após oito anos de tentativas para reverter a doação do terreno da antiga Escola Murilo Braga, que estava em poder do Estado, o município de conseguiu a escritura pública de reversão de doação.
A área de 47 hectares foi doada ao Estado em 1939 para o fim específico de abrigar um posto ou estação experimental da secretaria de Agricultura. Posteriormente, uma lei municipal alterou o ato para que, naquela área, fosse instalada a Escola Normal Rural Murilo Braga de Carvalho, vinculada à secretaria da Educação. A instituição de ensino funcionou no local até 2007, porém o processo só foi concluído em junho deste ano.
O outro projeto é para um lote que fica atrás do autódromo do município, com cerca de 20 hectares. Conforme Elstor Renato Desbessell, vice-prefeito e que acumula o cargo de secretário de Planejamento e Orçamento, esse espaço havia sido repassado ao Movimento dos Pequenos Agricultores. No entanto, segundo a prefeitura, ele foi utilizado como garantia para a obtenção de financiamentos por parte do grupo. A atitude, que é vedada por contrato, fez a prefeitura buscar a retomada da área, que está em processo junto aos bancos.
Segundo Elstor, as duas áreas estão em estágio semelhante, de levantamento das características e definição dos lotes. Já se sabe que cerca de cinco hectares da área da antiga Murilo Braga não poderão ser utilizadas, por existir uma Área de Proteção Permanente na região, e a área próximo do autódromo também será diminuída, em razão do traçado de duplicação da RSC-287. A expectativa é ter esses estudos prontos nos próximos meses e lançar ao menos uma das novas áreas para as indústrias.
Além disso, Santa Cruz do Sul conseguiu um trunfo no setor fumageiro. No início do ano, a UTC revelou que vai se mudar de Venâncio Aires para a cidade. A ideia é se instalar já em 2022. "A indústria representa 60% do nosso retorno com o ICMS. A chegada da UTC será importante, também, pelos empregos gerados", disse o vice-prefeito.
 

Duplicação da RSC-287 é vista como trunfo para alavancar os negócios

Concessionária Sacyr assumiu o trecho entre Santa Maria e Tabaí

Concessionária Sacyr assumiu o trecho entre Santa Maria e Tabaí


/Felipe Dalla Valle/DIVULGAÇÃO/CIDADES
A recuperação do asfalto e a duplicação da RSC-287 são demandas de anos dos municípios do Vale do Rio Pardo. A principal ligação entre a região central do Estado e a metropolitana de Porto Alegre sofre com o alto movimento de veículos pesados, que utilizam a estrada para o escoamento da produção. Por isso, a concessão do governo estadual para a iniciativa privada é vista com bons olhos pelos representantes de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul.
Para Nelsoir Battisti, a saída da EGR do polo é um alívio. Segundo ele, uma série de tratativas foram realizadas ao longo do anos para pedir melhorias, sobretudo no trevo de acesso à Venâncio. "É uma região perigosa para acidentes, até com vítimas fatais. Apresentamos dados e relatos das colisões quase diárias no trecho e nada foi feito", afirma. Com a concessão, ele vê, além da melhoria de segurança, a oportunidade de negócios. "Vai nos ajudar, sem dúvida", crava.
Já Elstor Desbessel se mostrou animado com os planos da Sacyr. A concessionária, que terá um escritório na cidade, teria afirmado que o trecho do município da duplicação poderia ficar pronto até 2024, antes da previsão inicial, de 2027. Os planos estão diretamente ligados aos novos negócios, visto que uma das áreas terá como frente a rodovia. "Quem não vai querer ter um lote de frente para a rodovia? Espero que as previsões se concretizem", afirmou.
 
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