Em viagem à Brasília, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, recebeu a sinalização do governo federal de que a obra para a construção da Barragem Arvorezinha deve começar em setembro. A criação da barragem é considerada fundamental pelo município para diminuir o efeito da estiagem, que castiga anualmente os moradores da cidade da fronteira.
O prefeito e equipe reuniram-se com Alex Magalhães, assessor do ministro Rogério Marinho, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Na pauta do encontro estiveram detalhamentos técnicos acerca do plano de trabalho montado pelo Exército, que vai executar a obra, e a prefeitura para a realização da obra da barragem. Dentre outros assuntos, foi discutida a compatibilização orçamentária de convênio e de projeto, formatações de documentos, além dos prazos para execução.
Na oportunidade, definiu-se a previsão para o início da construção para setembro deste ano, com a aplicação inicial de R$ 20 milhões em recursos federais para o Exército, executante da obra, já na primeira fase. "Com a primeira etapa, que tem previsão de conclusão para o ano que vem, já teremos 70% a mais de água do que o município de Bagé possui", explicou o prefeito.
Em março, a União já havia anunciado a liberação de R$ 65 milhões para a obra.
O plano prevê, ainda, a posterior expansão das áreas de alague da barragem, alcançando mais de 320 hectares. Para Divaldo, a confirmação traz alívio. "Temos o aporte financeiro e a disponibilidade do Exército para começar a obra, que durante tantos anos ficou parada. É mais uma vitória para os bageenses", afirmou.
A cidade tem sido constantemente obrigada a fazer racionamento de água. No ano passado, os moradores chegaram a ficar 15 horas por dia sem abastecimento. Em 2021, novo contingenciamento obrigou as torneiras a ficarem fechadas por 12 horas.
Na primeira fase do projeto , o volume acrescido nas reservas hídricas de Bagé será de mais 7 milhões de metros cúbicos. A Barragem da Arvorezinha quadruplicará a reserva de água na cidade. A obra estava paralisada desde 2013.