A prefeitura de Santa Maria começou nesta semana um inquérito sorológico canino para identificar novos casos de leishmaniose visceral. O trabalho faz parte do processo de busca ativa de registros da doença. A enfermidade é transmitida por um mosquito, que pica um cão infectado e, posteriormente, uma pessoa, contaminando-a.
A previsão é de que o inquérito dure cerca de três semanas. Serão aproximadamente 45 residências visitadas em uma área do bairro Divina Providência, com a realização de coletas em 142 cachorros. A coleta das amostras para os testes rápidos ocorrerão na parte da tarde e, caso apontarem resultado positivo, serão enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS), em Porto Alegre, para uma segunda confirmação. As residências envolvidas no inquérito já estão pré-determinadas e estão em um raio de 150 metros de onde morava um homem que morreu neste ano depois de ter contraído leishmaniose visceral.
De acordo com o médico veterinário Carlos Flavio Barbosa da Silva, um aplicativo desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria com o Executivo Municipal passará a ser testado em trabalho de campo. Inicialmente, o aplicativo vai ser utilizado entre médicos veterinários de Santa Maria para agilizar o registro de notificações de leishmaniose visceral.
Neste ano, já foi realizado um inquérito sorológico canino, no Bairro Nossa Senhora Medianeira, com 72 cães. As análises foram realizadas pelo Lacen, e cinco cães foram positivos para a doença. De janeiro a junho, a prefeitura realizou 107 coletas para testes de leishmaniose visceral em animais de 44 residências da cidade, das quais 10 tiveram resultado positivo, e 92 negativos. .
Desde 2011, o punicípio faz a busca ativa de casos de leishmaniose visceral. O trabalho costuma ocorrer após notificação de casos efetuada por médicos veterinários do setor privado. Então, a equipe da prefeitura entra em contato com o proprietário do animal para agendar uma inspeção zoosanitária, na qual é coletado o sangue do suspeito e dos demais cães que pertencem ao mesmo local.