Uma reunião debateu a situação do futuro Centro de Radioterapia da Santa Casa de Bagé. O munícipio já tentou contato com a CEEE para viabilizar o fornecimento de energia elétrica para o Centro, que terá importância regional, atendendo não apenas a população de Bagé mas também a de localidades próximas, como Aceguá, Hulha Negra, Lavras do Sul, Dom Pedrito, Livramento, Pinheiro Machado. No entanto, o pedido ainda não foi realizado pela companhia.
O deputado Luís Augusto Lara, irmão do prefeito, Divaldo Lara, fez um resumo da situação, informando que as obras do Centro encontram-se em andamento, com previsão de início das atividades em janeiro. Porém, há a dependência de construção, por parte da CEEE, de subestação para fornecimento da energia elétrica que será necessária para o funcionamento das instalações. "Este novo centro permitirá o tratamento completo do câncer, e será um polo regional que vai desafogar Pelotas e Porto Alegre, para onde são enviados os pacientes atualmente", disse.
Lara relatou que a Santa Casa tem uma dívida de R$ 30 milhões com a CEEE e esse é o principal entrave, pois a companhia avalia que é impossível dobrar o fornecimento de energia - o que seria necessário para o funcionamento das novas instalações - quando a instituição não consegue pagar pelo fornecimento atual. Ele informou que já foram realizadas reuniões entre a diretora da Santa Casa e a companhia, e também com a Casa Civil do governo, e existem propostas de transferências de imóveis para saldar dívidas do governo para com a saúde do município.
O administrador da Santa Casa, Raul Vallandro, pediu o apoio para a solução do problema. Vallandro citou ter experiência de 30 anos na administração de hospitais filantrópicos. "Existe uma situação de déficit histórico nestas instituições devido ao desequilíbrio entre o efetivo custo dos tratamentos prestados e os valores defasados da tabela SUS pagos pelo Ministério da Saúde", alertou. Segundo Vallandro a Santa Casa de Bagé tem que fazer "escolhas de Sofia" a cada mês para pagar os fornecedores, e de fato a CEEE ficou para trás. "O mês de junho foi pago integralmente, como sinal de boa vontade, embora seja um valor que faça muita falta. Pedimos que a CEEE ao menos avalie e aprove o projeto da subestação", apelou.