Lideranças dos comerciantes ambulantes de Caxias do Sul entregaram à prefeitura uma ficha com cadastro de mais de 100 nomes de trabalhadores que atuam na atividade. O documento, recebido pelo diretor de fiscalização da secretaria de Urbanismo, Rodrigo Lazzarotto, faz parte do trabalho iniciado em fevereiro para encontrar uma solução ao problema, que tem características econômicas por impactar o comércio formal, mas também social pela necessidade de trabalho para este público, formado principalmente por imigrantes.
Lazzarotto destaca que o cadastro foi elaborado pelos próprios trabalhadores informais, num trabalho que também serviu para expor as iniciativas que estão sendo tomadas para encontrar soluções conjuntas, que atendam aos diferentes segmentos envolvidos. "Estamos construindo alternativas viáveis e importantes para resolver esta situação, com a participação de entidades do comércio, vereadores, várias secretárias do Executivo, os próprios ambulantes, forças de segurança, organismos do Estado e da União e da esfera Judiciária", reforçou.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego (Sdete), Elvio Gianni, explica que, a partir de agora, o trabalho será concentrado na definição dos locais onde os ambulantes poderão trabalhar. A intenção é que a situação esteja resolvida até o final do mês. Ele adianta que o projeto é de criar três espaços públicos, na área central da cidade, para que estes trabalhadores montem toldos para a venda de produtos. Já está acordado que relógios e óculos falsificados não poderão ser comercializados. "Temos o compromisso da própria categoria na fiscalização para evitar que o acordo seja descumprido", salienta. Para ocuparem os locais, ainda indefinidos, os comerciantes terão de pagar uma taxa anual de licenciamento, além da obrigatoriedade de a banca estar identificada.