O crescimento de 35,4% no número de casos ativos da covid-19 em apenas uma semana na Região de Saúde 16, que engloba os municípios da Associação de Municípios do Alto Uruguai (AMAU), Rio dos Índios e Nonoai, fez com que o gabinete de crise do governo do Estado
emitisse um aviso à R16. Com isso, medidas mais restritivas devem ser tomadas pelos municípios para evitar o avanço da pandemia.
Prefeitos e secretários de Saúde das cidades se reuniram em sessão extraordinária da associação para definir quais medidas tomar. Depois de avaliação e discussão dos números gerais da covid-19 na região, levantados e apresentados pelo Comitê de Atenção ao coronavírus, o colegiado decidiu apertar o cerco, acatando as orientações do próprio Comitê, entre as quais destacam-se reforço na fiscalização, incentivo ao uso de máscara, vedação a aglomerações e propostas que visam diminuir a circulação de pessoas e, consequentemente, do vírus.
Conforme o presidente da Associação de Municípios e prefeito de Erechim, Paulo Polis, a AMAU visa agir com base em dados técnicos procurando respeitar os limites operacionais dos hospitais - que já têm cerca de 86% de seus leitos de UTI covid-19 ocupados, sendo que o Hospital Santa Terezinha, que trabalha com leitos SUS, está com 100% de lotação.
Além de seguir o protocolo obrigatório do governo do Estado, os municípios do Alto Uruguai definiram o estabelecimento de medidas mais rígidas com alcance regional, chamado de protocolos variáveis. Com isso, bares e similares, eventos, esportes e deslocamentos foram afetados. As medidas entraram em vigor no fim de semana e devem se estender por, no mínimo, 14 dias.
Dentre os protocolos, restaurantes, bares, lanchonetes e similares podem ter até 40% das mesas ocupadas e pode ficar abertos até às 23h. Quadras esportivas podem ter jogos até às 22h. Além disso, é proibida a realização de qualquer tipo de evento de qualquer natureza, que gere aglomerações de pessoas.