A Mata Atlântica cobre cerca de 15% do território brasileiro, incluindo Passo Fundo. É um dos biomas com a maior diversidade do planeta e está entre os mais ameaçados. Frente ao Dia Internacional da Biodiversidade, lembrado no sábado passado, e ao Dia da Mata Atlântica, que será celebrado na quinta-feira (27), o município chama a atenção para a necessidade da preservação dos recursos naturais.
A biodiversidade representa a riqueza relacionada à variedade de plantas, flores, animais e habitats que estão inseridas dentro de um ecossistema. De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Gabriela Engers, os fragmentos florestais de Mata Atlântica possuem inúmeras espécies de fauna e flora ameaçados de extinção, que cumprem o papel de garantir a qualidade destes ambientes e serviços ambientais para toda a sociedade.
Passo Fundo conta com inúmeras Áreas Protegidas Públicas e Privadas. Esses espaços contribuem com a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos, a proteção das espécies ameaçadas de extinção, a preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais e degradados, a promoção do desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; a proteção e recuperação dos recursos hídricos e o incentivo à pesquisa científica.
Entre essas áreas, estão quatro Reservas Particulares de Proteção Natural, sendo duas municipais e outras duas reconhecidas pelo governo federal. "São Unidades de Conservação de Proteção Integral, configurando-se espaços protegidos pela iniciativa privada e reconhecidos pelo poder público municipal por possuírem relevante interesse ambiental ou paisagístico", explica Gabriela.
Com relação às Áreas Protegidas Públicas municipais, é possível destacar o Parque Natural Municipal do Pinheiro Torto - Unidade de Conservação de Proteção Integral e o Parque Urbano Municipal Arlindo Hass. Conforme Gabriela, o Pinheiro Torto possui uma área de 29 hectares, composta por uma expressiva representação da floresta de araucárias, com a ocorrência de campos sulinos e recursos hídricos que colaboram com a formação da microbacia hidrográfica do Arroio Pinheiro Torto, um dos principais afluentes do Rio Jacuí no território do município.
Já o Arlindo Hass conta com uma área composta por dois maciços florestais que perfazem um total de 22 hectares de Floresta Ombrófila Mista, e que protege recursos hídricos do Arroio Invernadinha. Esta área se configura como uma ilha de biodiversidade dentro de um distrito industrial, possuindo trilhas que permitem a contemplação de uma parte representativa do ecossistema associado à Mata Atlântica, com exemplares arbóreos exuberantes, destacando-se o Pinheiro Brasileiro e todas as demais espécies que interagem entre com essa árvore símbolo do Rio Grande do Sul.